sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Outubro: Mês das Missões - Parte II.

 



A MISSÃO DE SER O QUE DEUS QUER


    Quantas vezes nós já tentamos fugir daquilo que é o sonho de Deus para nós? Achando que seria pesado demais, que exigiria "tudo" de nós. E tentamos "adaptar" a vontade d'Ele a nossa? Quantas vezes nós fomos e somos como Jonas e tentamos pegar uma rota diferente e acreditamos que nos "livraremos" da missão que O Senhor ordenou que cumpríssemos? Mas no final, assim como Jonas que entende que não pode fugir da Face do Senhor; assim como o filho que diz que não vai trabalhar na vinha de seu pai, mas depois muda de atitude  e vai (Mt 21,28-29); assim somos nós quando tentamos a todo custo fugir e encontrar sentido fora d'Ele e como Santo Agostinho, nos damos conta:

Tarde, tão tarde te amei
Tão Longe de Ti andei
Tão longe que me perdi

Fora,tão fora de mim busquei 
Tão fora que eu arrisquei
Perder-me de ti

Estavas tão dentro e tão fora preso
Brilhastes e agora te vejo... ( Agora te vejo-Missionário Shalom)

    Chega um momento que entendemos que somos de Deus, tudo é para Ele e o sentido da nossa vida só encontramos quando estamos no centro da Sua Vontade. Entender isso e Aceitar a missão que Deus tem para cada um de nós é cumprir nossa missão aqui na Terra. Ele é a cabeça do corpo, que é a Igreja (Cl 1,18) e nós somos os membros desse corpo. Cada membro deve cumprir sua função/missão, pois só assim a obra se torna completa.

    Cada um de nós, tem a sua missão. Partindo do ponto que como cristãos batizados,  nossa primeira missão é continuar a de Cristo (no sentido de anunciar a Boa Nova),ou seja, propagar o seu Reino e levar o maior número possível a conhecer e amar a Deus e um dia viver eternamente ao seu lado, então,toda a nossa missão particular: leigos,consagrados,sacerdotes, tem como finalidade anunciar o Reino d'Ele.

    A Didaquê, um documento cristão do primeiro século (o primeiro Catecismo da Igreja), dizia que: “Aquilo que a nossa alma é para o corpo, os cristãos são para o mundo”. Sem a alma o corpo não tem vida, sem os cristãos o mundo não tem vida. (https://cleofas.com.br/qual-e-a-nossa-missao/). Nós somos sal e luz do mundo, não podemos deixar de iluminar e dar sabor. Os homens  carecem de sal e luz, andam sem rumo e sem sentido. O dissabor e as trevas tentam reinar, mas o Senhor é Luz.

    O Catecismo da Igreja Católica em seu parágrafo n° 900 nos diz: Todos os fiéis têm a obrigação de trabalhar para que a mensagem divina da salvação chegue a todos .

    Mas para cumprir com êxito a missão que Deus tem para cada um de nós é necessário pedir o auxílio do Espírito Santo, Ele que é o doador dos dons, a luz dos corações, é preciso que estejamos inundados em seus dons, cheios dele. E inundados do Santo Espírito declaremos: 

Senhor, o mundo precisa te conhecer,

Mas eu te prometo que vou evangelizar.

Eu quero te dizer agora

Que eu já vou embora

Evangelizar... (Vou evangelizar- Padre Reginaldo Manzotti)


Fabiana Meneses de Oliveira-Grupo de Oração Filhos de Maria

Referências:

https://cleofas.com.br/qual-e-a-nossa-missao/


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

João Paulo II grande devoto da Virgem Maria.

Todos os Papas nutriram um profundo amor e devoção a Nossa Senhora; no entanto, João Paulo II se destaca de algumas maneiras, difundido ainda mais a oração do terço assim como seus antecessores, a consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís de Montfort, a criação dos mistérios luminosos, o segredo de Fátima e tantos outros pontos que poderíamos citar.

Abaixo, um trecho do livro "São João Paulo II, o grande" escrito por Jason Evert, que conta um pouco mais do amor e respeito do nosso amado João de Deus a Virgem Maria:

“Aqueles que o conheciam bem diziam que ele com frequência conversava com Maria. Numa dessas ocasiões, Mons. George Tracy estava concelebrando a Missa com o Santo Padre e, depois da comunhão, ouviu-o rezando em voz alta. Mons. Tracy reparou que ele estava muito abalado e parecia estar chorando: ≪Não, Maria, não, Madona≫. Quando a Missa terminou, um prelado do Vaticano perguntou ao monsenhor se ele tinha gostado da Missa com o Papa. Ele respondeu afirmativamente, mas disse que, depois da Comunhão, o Santo Padre estivera visivelmente perturbado e parecera estar falando com a Virgem Maria. O prelado respondeu: ≪Nós sabemos. Ele faz isso o tempo todo, e Ela é a única a quem ele dá ouvidos por aqui≫"
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Trecho do livro "São João Paulo, o grande", biografia de São João Paulo II escrita por Jason Evert.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Padre Pio e a devoção a São José.

    Todos os Santos chegaram a graça do altar por causa de uma decisão profunda e sincera de conversão e por causa do auxílio do Espírito Santo, que é o único capaz de convencer os corações humanos e dá a graça necessária para o ser humano. Outra coisa importante, é que todos os Santos nutriram uma grande devoção a Nossa Senhora e a São José. 

    Por muito tempo, a teologia a São José foi algo bem escasso, poucos relatos sobre a vida desse Santo e uma interpretação não oficial por parte da Igreja, baseada em escritos apócrifos, acabaram por difundir uma visão errônea a respeito da Missão de São José. No entanto, nos últimos tempos temos visto um grande aprofundamento acerca da Missão de São José e da devoção a esse grande Santo. 

    O Papa Francisco por meio da Carta Apostólica Patris Corde (Coração de Pai) promulgou o ano de São José, tendo início em 8 de Dezembro de 2020 e terminando em 8 de Dezembro de 2021. Um tempo muito importante de oração e de estudo sobre São José, para nos ajudar nesse tempo de pandemia e de dificuldades que muitos estão passando. São José passa a ser um sinal de esperança e de providência nos levando a seu filho Jesus. Por isso, confiemo-nos a São José assim como fazia o nosso amado Padre Pio:

"São José, com o amor e a generosidade que protegeu Jesus, também protegerá sua alma e, tal como O defendeu de Herodes, defenderá sua alma do ferocíssimo Herodes: o Diabo! Todo o cuidado que o Patriarca São José têm por Jesus, Ele também tem por você e sempre o ajudará com o seu patrocínio. Ele o libertará da perseguição do perverso e soberbo Herodes, e não permitirá que seu coração se afaste de Jesus. Ite ad Joseph! Vá a São José com extrema confiança, porquê não me lembro de ter pedido nada a São José que não tenha alcançado prontamente." - San Pío de Pietrelcina, citado em José A. Rodrígues, O Livro de Joseph: O Pai Escolhido de Deus , (Toronto, ON: Ave Maria Centre of Peace, 2017), 126.

https://www.devotidipadrepio.it/varie/il-quadro-di-san-giuseppe/

São José, rogai por nós e providenciai!

Autor: Darlan Dias.

Referências:

Livro: Consagração a São José, Fr.Donald Calloway.

San Pío de Pietrelcina, citado em José A. Rodrígues, O Livro de Joseph: O Pai Escolhido de Deus , (Toronto, ON: Ave Maria Centre of Peace, 2017), 126.

Carta Apostólica Patris Corde. Disponível em:   https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco-lettera-ap_20201208_patris-corde.html Acessado em: 19/10/2021.


sábado, 16 de outubro de 2021

Outubro: Mês das Missões - Parte I.

ORIGEM DO MÊS DAS MISSÕES

    O dia Mundial das Missões foi instituído pelo Papa Pio XI em 14 de Abril de 1926.

    No Brasil, a celebração do Mês das Missões foi organizada por o Sacerdote Italiano Padre Gaetano Maiello, que  fez um trabalho missionário de  25 anos em solo brasileiro. Em 1972, O Padre Maiello, entra em contato com os superiores Bispos da  Amazônia, e lhes apresenta um projeto nacional de animação Missionária. E assim, nasce no Brasil, outubro , como o mês missionário, no qual devemos refletir mais sobre o nosso ser missionário e como anda o nosso ofício por excelência de sermos Discípulos e missionários do Reino de Deus.


É MISSÃO DE TODO BATIZADO SER EVANGELIZADOR!

    Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará forças; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até os confins do mundo. (At 1,8);

    "Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações..." (Mt 28,19);

    "Assim como tu me enviastes ao mundo, eu também os enviei ao mundo" (Jo 17,18);

    "Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes frutos e para que o vosso fruto permaneça" (Jo 15,16).

    Irmãos,esses são alguns versículos Bíblicos, através dos quais, O próprio Senhor nos convoca a fazermos de nossa vida uma missão/evangelização. A Partir do momento que somos batizados,  nos tornamos verdadeiros Filhos de Deus e somos membros da cabeça. Ele é a cabeça do corpo, que é a Igreja..." (Cl 1,18). Não podemos permanecer inférteis, pois Cristo é a árvore frutífera e nós somos os ramos e  devemos  dá frutos. Pois o ramo que não dá fruto é apanhado,lançado ao fogo e queimado (Jo 15,6).

    "Vai participar do Reino de Deus quem ajudá-lo a construir aqui na terra"(São João Paulo II). Essa frase de São João Paulo II, nos faz está ainda mais ciente da nossa vocação à Missão. O Reino é para todos, mas usufruirá dele aqueles que com sua força, inteligência, o fizerem ser cada dia mais próspero. O Senhor nos convoca para em nossa realidade, começar a mudar o mundo. Na nossa casa, trabalho, estudos, lazer, família, em todas as áreas somos convocados a fazer de nossa vida uma oferta de amor. Para que a cada dia, Ele cresça e nós diminuamos. 

    Para haver Evangelização, deve haver a verdade.E a verdade é uma só: a verdade é Jesus. É a palavra Dele que deve ecoar mundo a fora.Não há meios termos, que  devemos falar de forma mais branda ou adaptar a palavra do Senhor. A palavra do Senhor é viva e eficaz e não requer acréscimos ou adaptações.É dessa forma que devemos anunciá-lo.

    Portanto irmãos, não retrocedamos em nossa vocação a vida missionária e por conseguinte, a santidade.É O Senhor quem nos capacita!Basta a nós dá a Ele o livre acesso para fazer da nossa vida o que Ele quiser.Sigamos para o alvo, façamos tudo o que estiver a nosso alcance para nos convertermos diariamente e que nossa evangelização seja eficaz.O Senhor não precisa de nós,mas Ele quis precisar. A messe é grande e poucos os operários. O Reino se aproxima! O Dia do Senhor esta às portas,está chegando com a força devastadora da tempestade (Jl 1,15). Nós somos do alto e para lá devemos voltar.Mas há muitos irmãos que ainda não conheceram a palavra, que não se apaixonaram pelo Amor. Cabe a nós fazê-lo Conhecido e Amado. 

    "Salva a tua alma!Eis o essencial, todo o resto passa! A salvação da alma dura eternamente."São Pio de Pietrelcina.

Fabiana Meneses de Oliveira-Grupo de Oração Filhos de Maria.

Referências:
https://cleofas.com.br/o-grande-mes-das-missoes/
https://cleofas.com.br/dia-mundial-das-missoes/
http://www.revistamissoes.org.br/2010/07/origem-do-mes-das-missoes/




quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Graças ao Padre Pio, deixou de ser músico de cabaré e agora é sacerdote no Iraque

Foto: Pio Pietrelcina – Padre Jean Marie Benjamin / Domínio Público - Facebook Jean Marie Benjamin

O site do Aci digital, trouxe hoje um lindo testemunho de conversão do Padre Jean Marie Benjamin, que se converteu e encontrou a sua vocação por meio de São Padre Pio. Abaixo, veja a integra da notícia:

REDAÇÃO CENTRAL, 22 set. 21 / 06:00 am (ACI).- O padre Jean Marie Benjamin é um francês que teve um intenso e inesquecível encontro com padre Pio de Pietrelcina na década de 1960. Depois dessa ocasião que marcou a sua vida para sempre, deixou de ser músico de cabaré para tornar-se sacerdote.

Em 1968, Benjamin tinha pouco mais de 20 anos, levava uma vida libertina em Paris e trabalhava como músico em um cabaré. Queria dedicar-se totalmente à música. Naquela época, já tinha gravado dois discos e estava compondo sua primeira sinfonia.

Um dia, conforme contou à ACI Stampa – agência em italiano do Grupo ACI –, foi jantar na casa de um amigo e na biblioteca encontrou um livro sobre o padre Pio. Recordou que ao ver a foto do frei na capa, esta “atraiu seu olhar”. Pediu o livro emprestado, leu em uma noite e decidiu ir a San Giovanni Rotondo, na Itália.

Quando chegou à cidade, conheceu na hospedagem Marco, um professor de literatura que também queria ver o padre Pio. Este lhe aconselhou que se queria confessar-se com o frade capuchinho, devia ir à missa das 5h e conseguir uma entrada. Também lhe comentou que já não confessava os estrangeiros, mas o animou para que tentasse.

No dia seguinte, Benjamim foi à Missa. Recordou que o padre Pio estava em uma cadeira de rodas, muito idoso e encolhido pela dor dos estigmas e, apesar disso, “todos o olhavam com admiração. A emoção era grande”.

O momento da consagração “era impossível de descrever. Não há palavras nem expressões para dizer com exatidão o que estava acontecendo”, porque além disso os pássaros que estavam nas janelas do templo permaneciam em silêncio.

Benjamin não conseguiu um ingresso, mas Marco lhe entregou o seu que já não usaria. Entretanto, o frei dos estigmas não atendeu confissões durante os três dias seguintes porque estava muito cansado e mal de saúde.

No domingo, 8 de março, quando abriram a porta do templo, Benjamim correu e sentou-se na primeira fila para a confissão.

Quando chegou a sua vez, o padre Pio lhe perguntou lentamente como se soubesse que não entendia o italiano: “Há quanto tempo você não se confessa?”. Benjamin lhe contou sua história em francês. O sacerdote repetiu a pergunta e ele respondeu que não o recordava.

“Padre Pio levantou a mão direita, a esquerda e a mexeu três, quatro vezes, fazendo um barulho que parecia longo. Em seguida me disse o dia, o mês e o ano de minha última confissão. Foi em 13 de julho de 1961, em Costa de Marfim, quando viajei à África com meus pais”, relatou à ACI Stampa.

Depois de um longo silêncio, o jovem pediu a bênção do padre Pio e este lhe disse olhando profundamente nos olhos: “Procura um sacerdote francês”. Benjamim tocou seus estigmas e sentiu “um calor impressionante” e a forte presença de Deus.

Regressou para Paris sentindo-se renovado pelo encontro com o padre Pio que lhe “havia dado como uma força nova”, sobretudo “em meu interior”.

No dia 23 de setembro de 1968, o padre Pio faleceu e a notícia entristeceu Benjamin, não podia acreditar e chorou. Então, recordou o que o frei capuchino lhe disse, para procurar um sacerdote francês para confessar-se.

“Não havia feito e nem sequer havia pensado nisto. Mas logo fui pegar um metrô para descer em qualquer estação, caminhar e entrar na primeira igreja”, recordou.

Assim o fez. Desceu em Notre Dame des Victoires, entrou na primeira igreja e viu dois confessionários vazios. Entrou em um e disse ao sacerdote: “Padre lhe digo a verdade, não vim apenas confessar-me, mas também da parte do padre Pio”.

O sacerdote escutou o relato de Jean Marie e lhe disse: “É muito belo tudo o que te aconteceu. Além disso, ninguém havia dado meu nome para que venha me buscar. Com certeza foi o padre Pio que te guiou. Sabe por que estou dizendo isto? Porque sou o padre Reveilhac, responsável da coleta de recursos na França para a Casa do Alívio do Sofrimento, como se chama o hospital do padre Pio. Além disso, há 30 anos vou duas vezes ao ano a San Giovanni Rotondo e visito o padre Pio”.

O padre Reveilhac se tornou diretor espiritual de Jean Marie Benjamin e o ajudou a crescer na fé e na vida espiritual. O jovem sentiu o chamado ao sacerdócio, mas o presbítero lhe disse que devia esperar porque sua vocação ainda não havia amadurecido.

“A resposta foi dura, mas com o tempo entendi que o padre Reveilhac tinha razão: não sabia se poderia mudar o meu estilo de vida imediatamente, deixar a música, a composição, o estúdio de gravação, os concertos”, comentou.

Pouco a pouco, foi se dedicando a outras atividades. De 1983 a 1988, Benjamim foi funcionário do Escritório das Nações Unidas em Gênova, uma de suas responsabilidades foi organizar eventos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Em março de 1988, deixou seu trabalho e retornou a San Giovanni Rotondo, ali tomou a decisão de ser sacerdote. Foi ordenado em 26 de outubro de 1991. Neste mesmo ano, tornou-se assistente do cardeal italiano Antonio Casaroli, enviado especial do Vaticano para missões diplomáticas e secretário de Estado emérito.


Deixou o cargo em 1994 e no ano seguinte produziu seu primeiro filme sobre o padre Pio, difundido pela Rádio Televisão Italiana (RAI).

Em 1998, viajou ao Iraque para produzir um documentário sobre as culturas ancestrais e, ao ver a precária situação da população que sofria os efeitos da radiação emitida pelo urânio utilizado nas armas dos Estados Unidos e da Inglaterra, decidiu dedicar-se ao trabalho humanitário e denunciar aos meios de comunicação que ignoravam este drama.

Viajou várias vezes a este país do Oriente Médio entre 1998 e 2003. Depois publicou três livros e produziu dois documentários acerca destas viagens.

Ao longo de sua vida também produziu vários concertos e peças corais inclusive um CD de música pop sobre o Iraque. Compôs trilha sonora para vários filmes franceses e italianos.

Em 2003, organizou o encontro na Itália entre o papa João Paulo II e Tareq Aziz, o primeiro-ministro iraquiano. Atualmente continua dedicando-se ao trabalho humanitário no Iraque e aos diversos temas sobre o meio ambiente.

REFERENCIA:

https://www.acidigital.com/noticias/gracas-ao-padre-pio-deixou-de-ser-musico-de-cabare-e-agora-e-sacerdote-no-iraque-73873

terça-feira, 21 de setembro de 2021

São Pio de Pietrelcina lutou contra o demônio.


São Pio de Pietrelcina / Crédito de imagem: Isabel Diaz (ACI Prensa)
O site do ACI Digital, publicou hoje (21/09/21) um excelente artigo onde fala a respeito da batalha que Padre Pio travava contra o demônio. Diferente do que é habitual na vida de muitos, o nosso amado Padre Pio tinha constantes lutas contra o demônio não apenas por meio da tentação, mas chegando por vezes a uma luta corporal. 

Leia na integra a matéria:

REDAÇÃO CENTRAL, 21 set. 21 / 07:00 am (ACI).- O mundo espiritual é real e nele ocorrem verdadeiros combates e alguns santos travaram batalhas contra o demônio e a carne, uma vez que quanto mais próxima a pessoa está de Deus, mais será tentada. Entre esses, está São Pio de Pietrelcina.

São Pio foi um sacerdote italiano que nasceu no final do século XIX e morreu em 1968. Embora realizasse muitos milagres e recebesse os estigmas, também sofreu ataques frequentes do demônio.

Segundo o padre Gabriele Amorth, famoso exorcista da diocese de Roma falecido em 2016, “a grande e constante luta na vida do santo foi contra os inimigos de Deus e as almas, pois tratou de capturar sua alma”. Desde sua juventude o padre Pio teve visões celestes, mas também sofreu ataques infernais.

Padre Amorth diz: “O demônio aparecia algumas vezes em forma de um gato negro e selvagem, ou de animais repugnantes: era clara a intenção de incutir o terror. Outras vezes aparecia na forma de jovens moças nuas e provocativas, que dançavam de modo obsceno; era clara a intenção de tentar o jovem sacerdote na sua castidade”.

“Entretanto, o pior perigo era quando Satanás tentava enganar padre Pio aparecendo como se fosse seu diretor espiritual ou aparecendo em forma de Jesus, da Virgem ou de São Francisco”.

Esta última estratégia, quando o diabo aparecia em forma de alguém bom e santo, era um problema. Isso aconteceu quando o padre Pio percebeu que as visões eram falsas: notou certa timidez quando a Virgem e o Senhor lhe apareceram, seguida de uma sensação de paz quando a visão terminou. Além disso, disfarçado de uma forma sagrada, o diabo lhe provocou um sentimento de alegria e atração, mas quando ia embora, ele ficava triste e arrependido.

Satanás também buscava feri-lo fisicamente. O sacerdote descreveu estas dores em uma carta a um irmão, que era seu confidente:

“Estes demônios nunca deixam de me atacar, inclusive fazem com que eu caia da cama. Também rasgam minhas vestimentas para açoitar-me! Mas já não me assustam porque Jesus me ama e ele sempre me levanta e me coloca novamente na minha cama”.

Padre Pio é testemunho de que se uma pessoa estiver perto de Deus não terá que temer a presença do demônio.

Referência:

https://www.acidigital.com/noticias/sao-pio-de-pietrelcina-lutou-contra-o-demonio-47712

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Sabia que o Padre Pio falava idiomas que ele não conhecia?


Padre Pio de Pietrelcina / It.Wikimedia / Domínio público
 

Segundo publicado pelo site ACI Digital, o nosso amado Padre Pio tinha o dom da xenoglossia, ou seja, era capaz de falar e escrever em línguas que não conhecia.

No dia 20 de setembro de 1912, o padre Pio disse ao padre Agostino de San Marco, seu diretor espiritual do: “os personagens celestiais não deixam de me visitar e fazer-me pregustar a emoção dos beatos. E se a missão do nosso anjo da guarda é grande, a do meu é maior, tendo que ser mestre para me explicar outras línguas”.

Segundo a página PadrePio.it, o padre Agostino da San Marco in Lamis, disse, em 1912, que o santo dos estigmas “não sabe nem grego nem francês”. No entanto, em fevereiro daquele ano, depois de receber cartas em francês, o Agostino perguntou ao padre Pio: “quem te ensinou francês?”. E o santo disse: “respondo à sua pergunta sobre o francês com Jeremias... nescio loqui” (Não sei falar).

No seu diário, o padre Agostino explicou também que, em 1911, o padre Pio escreveu uma resposta a um cartão postal em francês correto.

No livro “Ditos e anedotas do padre Pio”, o padre Constantino Capobianco escreveu que o irmão da filha espiritual do padre Angela Serritelli levou a filha a San Giovanni Rotondo para que recebesse a comunhão das mãos do santo sacerdote. A garota, que nascera e vivia com a família nos EUA, não falava italiano e o padre Pio não falava inglês. Por isso, ela estava acompanhada por uma mulher chamada Maria Pyle. “Padre, estou acompanhando a neta da Angelina para que se confesse”, disse a mulher. “Está bem”, disse o padre Pio. A mulher acrescentou: “Padre, estou aqui para ajudá-la porque a moça não entende italiano”. E o santo respondeu: “Maria, você pode se retirar, porque essas são coisas que nós vemos entre ela e eu”. Depois da confissão, a moça explicou que o padre Pio lhe falou em inglês e se entenderam.

No seu diário, o padre Agostino recorda que, em 21 de janeiro de 1945, lhe contaram que “em 1940 ou 1941, um sacerdote suíço veio com o padre Pio e falou em italiano com o padre”.

“Antes de partir, o sacerdote lhe incumbiu os cuidados de uma doente e o padre respondeu em alemão: ´ich werde sie an die gottliche Barmherzigkeit` (eu a entrego à Divina Misericórdia). O sacerdote ficou maravilhado com o fato e o contou à pessoa que o hospedava”.

Referência:

https://www.acidigital.com/noticias/sabia-que-o-padre-pio-falava-idiomas-que-ele-nao-conhecia-79241

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Vocação: um Chamado de amor! (Parte II)

Agosto o mês Vocacional


Como já falamos no texto anterior a Vocação é um chamado de amor de Deus que floresce em nosso coração.  É feliz aquele que encontrou o seu lugar no meio do mundo, lugar de viver santidade e gerar frutos para o céu. 


Dando continuidade ao texto anterior, falaremos sobre as vocações celebradas nas duas últimas semanas do mês de Agosto.


Na terceira semana deste mês, a Igreja celebra, medita e aprofunda sobre o chamado as vocações religiosas, recordando os tantos religiosos e religiosas, consagrados e consagradas dos diversos institutos de vida apostólicas.  Ah! Aqui também rezamos e conhecemos melhor sobre as Novas Comunidades.  Carismas que surgem do coração de Deus para cada tempo e necessidade da Igreja. 

Pois é, Deus infunde também em muitos corações um chamado de amor através de vivencias de carismas específicos, nessas vocações destacam-se freiras, frades, homens, mulheres e jovens que desejam ardentemente entregar suas vidas a Deus servindo a Igreja e a humanidade que sofre de uma forma mais profunda do  que já se vivia em seu cotidiano.  É o desejo de dar o algo a mais ao Senhor.


Bonito é ver que todos partilham do mesmo desejo: ser sinal de Deus no meio do mundo buscando viver votos de pobreza, obediência e castidade. 


Por fim, mas não menos importante, na Quarta semana de agosto celebramos a Vocação dos leigos e leigas. Muitas pessoas vivendo no cotidiano de suas vidas não sentem apenas o desejo de ir beber na fonte da oração, mas de serem canais da graça de Deus servindo em suas paróquias e comunidades através dos tantos serviços pastorais. Alguns sentem o desejo de servir na liturgia, outros nos serviços pela música, outros ainda pelas missão  e cuidado com crianças, pastorais carcerárias, entre tantas outras. A igreja é o local de serviços de amor aos homens em busca de levar todos a conhecerem Jesus e o seu Reino. A vida ativa do leigo na Igreja gera frutos para obra de Deus, pois servindo com amor, zelo e dedicação são capazes de levar o amor de Deus até os lugares mais simples  e necessitados. Na semana também celebramos o dia do Catequista (30 de agosto). 


Como é bom saber que todos são preciosos para Deus, saber que Ele deseja contar conosco, para sermos sinais de Sua presença diante da humanidade que espera a manifestação de Seu Amor. O Senhor chama a cada um de nós, de acordo com nossas realidades, a ser anunciadores da Boa Nova do Reino e sinais de paz e santidade a todos os homens da face da terra.


Espero que possa ter ajudado você a compreender melhor as vocações celebradas ao longo deste mês. Que você encontre dentro do seu coração e do coração da Igreja a forma pela qual é chamado a viver a santidade e o chamado de amor de Deus em sua vida. Porque Ele sempre chama e busca corações dispostos a dar tudo em troca do tesouro que é a Sua Vontade. Deus te chama pelo nome!


Que Ele te abençoe e te conduza sempre. 


 Autora: Jessica Oliveira.


sábado, 14 de agosto de 2021

Vocação: Um chamado de Amor!

 


Agosto, o mês das vocações.

  

    Certamente você se questiona sobre a sua vocação querendo, muitas vezes, entender até mesmo o que é uma vocação, como descobri-la, como saber a quê o Senhor te chama.  

    Esse texto é um convite a te fazer entender melhor sobre esse tema, uma leitura pela qual desejo que a Luz do Espírito Santo possa adentrar em seu íntimo e te fazer entender um pouco mais sobre a beleza da santidade.

 

No Brasil, desde 1981, o mês de Agosto é conhecido como o mês Vocacional. Tudo iniciou-se a partir da 19° Assembleia Geral da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB), onde ficou instituído esse mês como um mês voltado para orações e reflexões , sobre as vocações e a cada semana buscando dedicar-se mais a fundo a uma determinada vocação específica. 

A palavra vocação vem do latim, VOCARE, e significa “Chamado". Por tanto, é importante  compreender que o primeiro chamado que Deus faz a cada um de nós  é à santidade. “Deus nos deseja em Cristo antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos”(Ef 1.4), ou seja, essa é a primeira vocação de todos nós.  Agora, após  termos bem claro em nossas mentes que todos somos chamados a essa primeira vocação, vamos buscar entender em que lugar no mundo somos chamados a exercer, a viver a santidade.

Vamos juntos refletir sobre as vocações que são celebradas a cada semana durante esse mês de Agosto.

Primeira Semana- VOCAÇÕES SACERDOTAIS:





Durante essa semana, mais precisamente no dia 04, celebramos o dia de São João Maria Vianney, conhecido como Patrono dos Padres. Logo depois, dia 10 o dia de São Lourenço, Patrono dos diáconos.  Por esses motivos dedica-se a primeira semana de oração e reflexão  sobre a vocação  ao sacerdócio. Ao longo do tempo o Senhor suscita no coração de alguns homens o desejo de entregar sias vidas pela humanidade de uma forma totalitária, servindo e dedicando-se inteiramente como o Pastor que conduz as ovelhas para Cristo, na figura do Bom Pastor é chamado a levar as pessoas a terem um olhar voltando para o céu, para o eterno, caminhando lado a lado com suas ovelhas, cuidando, guiando e consolando seu povo.

Deus vive e precisa de homens que vivam para Ele e o levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessodade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã  e sempre enquanto exirtir.”

(Trecho da Carta aos Seminaristas, escrita pelo Papa Bento XVI em 2010).

 

  durante a SEGUNDA SEMANA do mês  temos o dia dos Pais, hoje celebrado no segundo domingo do mês, mas que por muito tempo foi celebrado no dia 16 de agosto, devido a ser o dia dedicado a São Joaquim, pai de Nossa Senhora. Com isso instituiu-se a semana dedicada a Vocação  Familiar.



A família é um dom de Deus, é a base de toda sociedade. O amor de Deus pelas famílias é muito claro durante toda a historia de seu povo. Estando presente nas escrituras desde o livro do Gênesis ao Apocalipse. Pois é a partir da Família  que surgem, nascem as outras varias vocações, dizia o saudoso Padre Léo.

Sabendo disso, precisamos ter claro que a família  não se torna e nunca será  uma forma de vida e vocação menos importante, pelo contrário, ela é fundamental para humanidade e a Igreja.

Os homens e mulheres que se sentem chamados ao matrimônio, doam suas vidas ao Senhor através do SIM diário a sua casa e ao projeto de Família segundo o coração de Deus. Na família, os pais são os primeiros pastores a que devem conduzir e alimentar os seus filhos segundo a fé.  São também chamados, como esposo e esposa, a doarem-se um ao outro em sua totalidade, buscando juntos caminharem para o céu, afinal já não são mais duas, mas uma só carne: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher, e os dois já não serão mais duas, mas uma só carne”(Gn 2.24).

Uma família santa se torna sinal de Deus em meio a um mundo tão ferido e denegrido pelo relativismo e ideologias vãs.  As famílias são chamadas, principalmente nos dias atuais, a ser sal da terra e luz do mundo. Pois famílias santas geram frutos de santidade.

Após refletirmos um pouco sobre essas duas vocações, convidamos você a se colocar em oração, rezando e intercedendo por todos aqueles que se sentem chamados a uma dessas formas de viver a santidade ou mesmo que já sabem e buscam viver sua vocação, pedindo ao Senhor para que os fortaleçam sempre mais, dando coragem e ânimo em seus corações para que sejam fiéis ao chamado de amor com o qual o próprio Deus os chama.

 

Deus abençoe você!

Jessica Oliveira

G.O. Filhos de Maria

Fontes:

 https://arqbrasilia.com.br/por-que-agosto-e-o-mes-das-vocacoes/#:~:text=Do%20latim%2C%20vocare%2C%20que%20significa,reflex%C3%B5es%20e%20a%C3%A7%C3%B5es%20nas%20comunidades.

 https://blog.cancaonova.com/vocacional/agosto-mes-das-vocacoes/

https://www.pelavida.redevida.com.br/blog/por-que-agosto-e-o-mes-das-vocacoes

https://cleofas.com.br/vocacao/

 http://www.loreto.org.br/familia-vocacao-do-amor/

sábado, 31 de julho de 2021

Quais os pilares da Missão do Grupo Filhos de Maria?

 

Foto de Agosto de 2016, encerramento da Semana Nacional da Família.

Foi para adorar o Senhor Jesus Cristo presente no Santíssimo Sacramento do Altar e para amar ao próximo que nascemos, é por isso, que o Grupo Filhos de Maria desenvolve a sua missão em quatro dimensões específicas: Adoração, Estudo, Trabalho com as famílias e obras sociais (podemos assim resumir a nossa forma de trabalho).

O Papa João Paulo II, disse que " A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja." - CARTA ENCÍCLICA ECCLESIA DE EUCHARISTIA DO SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II,17 de abril de 2003. É pois, centrado em Jesus Eucarístico que nasce essa missão com um único desejo, de adorar o Senhor. A missão teve início diante de Jesus eucarístico, bem como toda obra realizada por o grupo, nasce de uma profunda escuta a Nosso Senhor, silêncio, contemplação e adoração. Esse é o ponto mais importante e mais sublime, pois é da adoração que Nosso Senhor nos impulsiona a ir ao encontro dos necessitados. É através da adoração, que Jesus quebra em nós todo orgulho e soberba e faz com que possamos nos abrir para a necessidade do próximo. É na adoração, que o Senhor vai nos moldando para a missão.

É por isso que esse é o principal pilar da nossa missão, pois é deste que deriva os demais. "Se não conseguir ver Cristo, no mendigo na porta da Igreja, jamais o conseguirá ver no cálice" - São João Crisóstomo. Nas próximas postagens irei abordar os outros três pilares da nossa missão.

Autor: Darlan Dias.



terça-feira, 27 de julho de 2021

Morre Frei Marcellino, ultimo frade capuchinho assistente pessoal do Padre Pio.

Conforme anunciado pelo site Vatican News, na ultima segunda feira (26/07/21), faleceu o Frei Marcellino Lasenzaniro, o último dos frades a exercer a função de assistente do Padre Pio. 


Nascido em 13 de Junho de 1930 em Casacalenda (Campobasso), entrou para o convento aos 16 anos, emitindo os primeiros votos em 16 de setembro de 1947 e os votos perpétuos em 12 de Agosto de 1951. Quando estudava Teologia, em 1952, foi enviado para San Giovanni Rotondo para ajudar na gestão da correspondência em italiano, lugar onde conheceu o Padre Pio, permanecendo lá por dois meses e retornando no ano seguinte. Em 21 de Fevereiro de 1954, foi ordenado sacerdote da Santa Igreja, e em seguida obteve a Licenciatura em Teologia em Roma e anos depois formaou - se em Letras pela Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, no entanto, o estudo em Letras não era algo que ele desejava, mas sim, uma escolha dos seus superiores. Na dúvida sobre o que fazer, se obedecia seus superiores e ia estudar Letras, procurou o Padre Pio e conversou com ele sobre sua incerteza, e o Padre Pio respondeu: "Faça o que os Superiores disserem, senão você se arrependerá por toda a vida". E o Frei Marcellino obedeu.

Deus dotou de dons pessoais o Frei marcellino e aliado aos títulos obtidos ele pode servir melhor a Igreja e ao povo de Deus por meio do seu ministério sacerdotal, dedicando - se ao serviço dos estudantes em Sant'Elia, Pianisi e Campobasso como tutor, diretor espiritual, professor, prefeito de estudos, animador vocacional e bibliotecário. Além disso, tornou - se um pregador muito procurado devido as suas ricas catequeses e homilias com referências concretas da vida de Padre Pio. Deixou uma importante obra bibliográfica acerca da vida de Padre Pio em quatro livros: O Padre (três volumes); Padre Pio. Perfil de um Santo (dois volumes); Padre Pio fala de Nossa Senhora; Nossa Senhora na vida do Padre Pio.



A partir de 1995 passou a atender confissões com frequencia em San Giovanni Rotondo, e foi transferido de modo definitivo para lá em 2004, dedicando -se de modo integral ao Sacramento da Confissão e da Eucaristia.

Em 2018 foi diagnosticado com uma doença neurodegenerativa o que o debilitou progressivamente, perdendo primeiro suas habilidades mentais e depois seu equilíbrio físico. Faleceu na útima segunda feira aos 91 anos, e com certeza está na glória eterna adorando ao Senhor o qual buscou servir com tanto empenho neste mundo, e ao lado do seu grande amigo, São Padre Pio. Seu funeral foi realizado nesta terça - feira, às 11:30 (horário italiano), em San Giovanni Rotondo, e foi transmitido pela TV Padre Pio o qual você pode vê acessando o vídeo abaixo


 Que do Céu ele interceda por nós a Deus!

Autor: Darlan Dias.

Referências: 

https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2021-07/faleceu-frade-capuchinho-ultimo-assistente-padre-pio.html

https://www.youtube.com/watch?v=WiS-_9XaUNo


Padre Pio na história do Grupo Filhos de Maria.

 

O Grupo de Oração Filhos de Maria nasceu oficialmente, em 8 de Julho de 2016, quando um pequeno grupo de 12 pessoas se reuniram pela primeira vez para rezar diante de Jesus no Santíssimo Sacramento. Claro que desde muito tempo, Deus já vinha preparando esse povo, em cada conversa, conselho, em cada Missa que participavam.

No entanto, Padre Pio é um personagem importante para a história do grupo, pois foi em oração, que Deus mostrava que queria um novo trabalho, diferente do que já vinha sendo feito e que Nossa Senhora ia nos mostrar o caminho, como agir (cf. João 2,5), mas que também, Padre Pio seria um modelo de santidade para todos nós.

Foi aí, que enquanto rezava a Novena em honra a São Padre Pio de Pietrelcina, Deus nos fazia entender os desígnios d'Ele por meio do testemunho de São Padre Pio. 

Um amor diferente surgia em nossos corações, de tal maneira que muitos que participavam do grupo de oração ia sentindo o desejo de doar a vida a Deus em Adoração e no cuidado com o pobre. É daí também, que nasce esse blog dedicado a ele, no intuito de divulgar ainda mais a sua obra e vida de modo que mais pessoas possam se apaixonar ainda mais por esse grande santo que Deus deu ao mundo no Século XX. Desde então, Padre Pio passou a ser um modelo para nós de serviço e de amor a Deus e aos irmãos. Passou a caminhar junto conosco em cada Novena que rezávamos todos os anos, e nos faz sempre lembrar que a nossa meta é o Céu.

Em nossa página no facebook, bem como aqui em nosso blog, muitos testemunham as graças que alcançaram por meio da poderosa intercessão de São Padre Pio de Pietrelcina, portanto, cultive essa amizade com esse grande santo, ele mesmo falou que "faria mais barulho morto do que vivo" e hoje o seu testemunho continua a impactar a vida de muitos mundo a fora.

Autor: Darlan Dias.


sábado, 26 de junho de 2021

CARTA ENCÍCLICA "DEUS CARITAS EST"- BENTO XVI

CARITAS – A PRÁTICA DO AMOR PELA IGREJA ENQUANTO "COMUNIDADE DE AMOR" (Parte II)


     Dando continuidade ao nosso breve estudo sobre esta Encíclica, buscaremos nos aprofundar agora na segunda parte deste documento, escrito pelo Papa Bento XVI, durante seu pontificado. Em resumo, nesta segunda parte o papa Bento XVI trata diretamente sobre o "serviço da caridade". Retomando o que foi tratado na primeira parte desta Encíclica, o enviado de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, tornou-se homem para morrendo na cruz redimir toda a humanidade. Na consumação de seu sacrifício, o Senhor entregou seu Espírito, para que este fosse derramado sobre o coração dos homens. Este grandioso dom, transforma cada coração por ele tocado e faz com que toda a Igreja esteja em comunhão com o próprio Cristo, tornando-nos capazes de assim como Ele, amar e servir nossos irmãos. É esta a principal missão da Igreja, zelar pelo homem de forma integral, não só suprindo a necessidade espiritual, como também em todos os âmbitos da vida.

     Bento XVI afirma que o amor ao próximo encontra-se enraizado desde o início da Igreja, como citado do Livro dos Atos dos Apóstolos: "Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos de acordo com as necessidades de cada um". Este amor faz parte do que formaria o núcleo da Igreja que é o ensinamento dos apóstolos, a fração do pão e as orações. Com o objetivo de que todos tivessem o mesmo direito ao essencial e para que ninguém passasse necessidade. Apesar de, com o aumento da Igreja essa forma de comunhão não poder ser mantida, essa essência permanece até os dias de hoje. Neste contexto, nasce o "ofício diaconal", que se fez necessário para "servir as mesas", já que os apóstolos deveriam se dedicar mais precisamente a "oração" e ao "serviço da palavra". O autor destaca que este serviço era algo realmente espiritual e não meramente técnico, que para tal foram escolhidos "homens cheios do Espírito Santo", e desde então este serviço permanece até hoje na formação da Igreja.

     A caridade passa a ser tão essencial para Igreja como a administração dos sacramentos e o anúncio da palavra. Muitos foram os exemplos, dentro da Igreja, que afirmam a prática da caridade, dos quais Bento XVI destaca: Justino, santo e mártir, que em decorrência das celebrações dominicais, ocorria que as pessoas que tinham melhores condições financeiras doavam o que podiam para que com isso o Bispo pudesse ajudar as pessoas mais necessitadas naquele tempo. Também São Lourenço, que após presenciar a prisão de muitos irmãos e do Papa, foi deixado livre para recolher os tesouros da igreja e entregá-los as autoridades da época e no entanto distribuiu tudo o que tinha guardado para a assistência aos mais necessitados, apresentando-os como verdadeiro tesouro da Igreja. A "diaconia" serviço diretamente relacionado a caridade, passa a ser documentado em Roma a partir dos séculos VII e VIII, mas esse tipo de serviço faz parte da Igreja desde sua origem. Muitos escritores afirmavam que a caridade desempenhada pelos cristãos era algo que chamava a atenção até mesmo dos pagãos. Como a exemplo do Imperador Juliano, o Apóstata, que após presenciar o assassinato de seu pai e outros familiares por guardas do palácio real, teve uma visão negativa do cristianismo, pois passou a acreditar que o responsável por isso era o imperador Constâncio, o qual passava-se por um bom cristão. Para se vingar, quando se tornou imperador esforçou-se por instaurar novamente o paganismo, usando como modelo o cristianismo e principalmente a atividade caritativa, algo que segundo ele era o que tinha dado fama aos "galileus", e por isso deveria superá-los. O que demonstra mais uma vez a caridade como característica principal da Igreja. Neste sentido, Bento XVI afirma que a Palavra de Deus, os Sacramentos e o Serviço da Caridade são o tríplice dever da Igreja,que estão interligados um ao outro e que a Igreja é a família de Deus no mundo, por isso nenhum de seus membros deve passar necessidade daquilo que é necessário.E não só estes como todos os que encontrarmos necessitados, como diz a parábola do Bom Samaritano(Lucas 10,31).

     No tocante a justiça e a caridade, levantou-se um pensamento contrário as atividades caritativas, que afirmava que os pobres não precisavam de caridade e sim de justiça, isso reforçado pelo pensamento Marxista. Sendo necessário que fosse criado uma ordem que garantisse que todos tivessem direito a mesma quantidade de bens, para que não precisassem de ações de caridade. Com a formação da sociedade industrial, o poder foi dado a poucos e as massas operárias passavam por uma privação de direitos. Diante destes problemas desenvolveu-se a Doutrina Social Católica, que veio de encontro a esta problemática através de diversos documentos para auxiliar nesse processo.O autor destaca que é essencial para o cristianismo diferenciar o Estado e a Igreja: "O Estado não pode impor a religião, mas deve garantir a liberdade da mesma e a paz entre os aderentes das diversas religiões; por sua vez, a Igreja como expressão social da fé cristã tem a sua independência e vive, assente na fé, a sua forma comunitária, que o Estado deve respeitar". E é nesse contexto que o objetivo da Doutrina Social Católica é auxiliar na purificação da razão, para que todos que compartilham da fé possam colocar em prática aquilo que lhe é próprio. Não cabe a Igreja tomar do Estado o dever de tornar a sociedade o mais justa possível e sim auxiliar, através de um olhar espiritual aquilo que é de sua responsabilidade. A sociedade justa não pode ser responsabilidade da Igreja, pois isso é papel da política, porém cabe a ela auxiliar na compreensão e vontade do que a política exige. Bento XVI afirma ainda que o amor sempre será necessário, mesmo que o Estado conseguisse tornar a sociedade o mais justa possível, o amor jamais deixaria de ser essencial, pois o homem sempre necessitará, seja do cuidado ou mesmo da ajuda concreta das mais variadas formas. A visão de que através do pleno comprimento da justiça as obras de caridade não mais seriam necessárias é uma visão materialista do homem que desfigura seu real valor, pois o ser humano não necessita apenas do material, não só do cuidado com o corpo como também do espírito, e é essa a missão da Igreja através do amor inspirado pelo Espírito Santo. Os fiéis leigos são chamados a participar da vida publica e a buscar sempre o bem comum, como forma de viver a caridade também na sociedade.

     Em relação as muitas estruturas caritativas na atualidade, o autor discorre a respeito do quanto através dos meios de comunicação a miséria humana tem sido cada dia mais conhecida, não só a material como a espiritual, o que torna ainda mais necessário que cada ser humano se esforce em sair de si e ir de encontro a quem mais precisa. Bento XVI destaca a importância da união de muitas estruturas estatais e eclesiais, pois através do amor cristão a Igreja pode contribuir com a transformação da sociedade civil para que se viva o verdadeiro sentido da caridade. Há diversos serviços caritativos e também filantrópicos, onde inclusive muitos jovens se tornam voluntários para ir de encontro aos que mais precisam. Ele confirma a importância de todas essas formas de atividades caritativas na Igreja Católica e em outras Igrejas e Comunidades Eclesiais, já que se unem as obras de caridade e a evangelização, e assim como afirmou o Papa João Paulo II, a igreja deve ajudar desde que todas busquem esse mesmo objetivo, enxergando o homem como imagem e semelhança de Deus, dar a cada um o direito a um vida digna.

     Em relação ao perfil da atividade caritativa na Igreja, Bento XVI escreve que as mais diferentes organizações que vem sendo criadas mundo a fora são consequência do amor que o próprio Senhor imprimiu no coração do homem. Porém ganha ainda mais força pela presença do Cristianismo, que ultrapassa os limites da fé cristã e se espalha por todo o mundo, e por isso a caridade cristã deve ser vivida plenamente para que não perca sua verdadeira essência tornando-se apenas um assistencialismo. Nesse aspecto a caridade cristã é uma resposta a necessidade do outro, seja esta qual for. No caso do cuidado com os doentes se faz necessária a competência, para que esses profissionais cumpram com responsabilidade seus deveres. Mas acima disto precisam tratar com atenção e humanidade a quem necessita. Dessa forma é necessário a "formação do coração", para que além do profissionalismo haja o amor resultante do encontro pessoal com Cristo, que transborda dos corações que experimentam essa alegria e atinge a vida do irmão, deixando de ser algo imposto e se tornando consequência daquele amor que é vivido no intimo do coração. A caridade cristã não deve ter relação com ideologias e partidos, visando ideias progressistas como defende a teoria Marxista, que afirma que a caridade contribui para o empobrecimento do povo e esta é vista como um empecilho para a prática de suas ideias revolucionárias. Não se pode esperar um mundo melhor deixando de fazer o bem por um momento, pelo contrário, é necessário ir de encontro a necessidade do outro. Independente de programas e ações planejadas, é preciso ter um coração que sente pelo outro e está sempre disposto a ajudar. Ressalta ainda que os atos de caridade não devem visar a conversão do outro, o que define-se por proselitismo, pois o amor é gratuito. Isso não significa que é preciso deixar Deus de lado, mas que é através do amor em sua verdadeira essência que o homem conhece verdadeiramente a Deus e é levando esse amor, que leva-se a conhecer o próprio Senhor, que por vezes em razão de sua falta está a raiz do sofrimento. Faz-se necessário que cada cristão seja verdadeira testemunha de Cristo na vida dos irmãos.

     Bento XVI destaca ainda que o responsável pelas atividades caritativas na Igreja é a própria Igreja, iniciando pelas Paróquias, Igrejas Particulares até chegar a Igreja Universal. Sua missão como "família de Deus" é ir ao encontro de todos que se acharem necessitados de ajuda, mesmo aqueles que estão fora dela. No que trata do papel dos missionários, já ficou bem claro que estes não devem se deixar levar por ideologias para mudar o mundo e sim deixar-se guiar pela fé. É necessário ter um coração transformado por Deus, a partir da experiência de seu amor, que irá refletir na vida dos irmãos, doando sua vida em favor dos outros gratuitamente, a exemplo do próprio Cristo. Nesse sentido a Igreja católica deve instruir o missionário a colaborar com outras organizações nas mais diversas necessidades, desde que estas tenham como critério o serviço de Cristo a seus discípulos. A caridade não deve ser apenas uma atividade, mas nela deve está presente o amor pelo ser humano, que é nutrido no encontro com Deus. Servindo desta forma adquire-se a virtude da humildade, enxergando que apesar da condição que o outro se encontra, isso não faz superior aquele que ajuda, pelo contrário é graça de Deus poder ajudar, sabendo que muitas vezes não temos nada para oferecer de bom, reconhecemos que somos apenas "servos inúteis" e que precisamos fazer o que nos for possível e Ele cuidará do resto. A infinidade de necessidades no mundo pode levar  o homem a dois extremos: Querer encontrar a solução para todo problema, na intenção de resolver tudo que o governo humano não pode resolver e que muitas vezes ao invés de resolver, atrapalha ainda mais. Ou cair na tentação de achar que nada do que fizer vai adiantar, deixando de fazer aquilo que lhe é possível. A oração é o meio que é capaz de orientar o caminho certo a seguir. Como afirma o autor:"Quem reza não desperdiça o seu tempo, mesmo quando a situação apresenta todas as características duma emergência e parece impelir unicamente para a acção". Ele cita como exemplo a Santa Madre Teresa de Calcutá, que testemunhou em sua vida a fonte inesgotável do amor ao próximo através da oração.O cristão que reza salva-se de "doutrinas fanáticas e terroristas" e evita-se que este queira tornar-se juiz de Deus, acusando-o por deixar que a humanidade sofra e questionando sua vontade.Mesmo muitas vezes não compreendendo, não acreditamos que Ele seja indiferente as dúvidas e incertezas que surgem pelo caminho, mas permanecemos confiantes no seu amor por cada um de nós. 

     Por fim, Bento XVI afirma que: "A fé, a esperança e a caridade caminham juntas".  A esperança nos fortalece perante as dificuldades, para que perseveremos no caminho que o Senhor nos aponta. A fé nos convence do amor de Deus, que foi capaz de entregar seu filho único por cada um de nós. É através da fé em Nosso Senhor, que cremos que Ele sempre vencerá; por mais difíceis que sejam as situações aos nossos olhos humanos temos a firme esperança que Deus reina sobre todas elas. A fé nos faz crer que: "O amor é possível, e nós somos capazes de o praticar porque somos criados à imagem de Deus". O autor nos indica o exemplo dos santos, que através de sua vida e de seu testemunho nos dão esta certeza. Acima de todos estes encontra-se Maria, mais perfeito exemplo de amor e santidade. Que possamos nos confiar a ela, para contarmos com seu auxilio na busca da verdadeira caridade.


Referência: https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20051225_deus-caritas-est.html

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Canonização do Padre Pio

Há 20 anos os filhos espirituais do Padre Pio estavam em festa com a sua canonização, um reconhecimento público do exercício de suas virtudes heróicas conforme diz, a Constituição Apostólica - Divinus Perfectionis Magister.


Cerca de trezentas mil pessoas estiveram presentes na Praça São Pedro, quatro mil ônibus e cinquenta trens especiais transportaram fiéis de todo o mundo para a Celebração Presidida pelo Santo Padre João Paulo II, conforme reportagem da Folha(https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1706200207.htm).


Na dia seguinte à sua canonização, o Santo Padre João Paulo II disse que: "Acima de tudo, ele foi um religioso que sinceramente amou Cristo crucificado... Ele participou no mistério da Cruz."


20 anos depois da sua canonização a devoção a esse grande santo cresce mais e mais, inspirando apostolados, comunidades e grupos em geral e frutos de conversão e milagres são cada vezes mais testemunhado pelos fiéis. Que São Padre Pio nos ajude na caminhada rumo ao Céu! 

São Padre Pio, rogai por nós.

Autor: Darlan Dias.

Referências:

https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1706200207.htm

Constituição Apostólica – Divinus Perfectionis Magister

https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/2002/documents/hf_jp-ii_hom_20020616_padre-pio.html

sexta-feira, 11 de junho de 2021

CARTA ENCÍCLICA: "DEUS CARITAS EST"- BENTO XVI

A UNIDADE DO AMOR NA CRIAÇÃO E NA HISTÓRIA DA SALVAÇÃO (Parte I)


     Em sua primeira Encíclica, escrita no início de seu pontificado no ano de 2005, o então sucessor de Pedro, Bento XVI, nos traz uma importante reflexão sobre o amor de Deus, que é a essência de nossa caminhada cristã.

     Iniciando essa reflexão, o Sumo Pontífice cita o versículo que se encontra no evangelho de João, capitulo 6:"Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho único para que todo o que n'Ele crer (...) tenha a vida eterna"(Jo 3,16). Segundo ele, o que antes era rezado constantemente pelos israelitas apenas como um mandamento, "Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,com toda a tua alma e com todas as tuas forças"(Deut 6, 4-5), agora em Jesus e por Ele se personifica no próprio amor que vem ao mundo para salvar a humanidade.

     Neste sentido, Bento XVI vem nos apresentar nesta primeira parte de sua encíclica a verdadeira essência do amor divino, dom gratuito de Deus, para que possamos também nós, nos esforçarmos em corresponder ao seu amor.

     Iniciando sua reflexão, destaca-se a utilização da palavra amor nos dias atuais, que é utilizada de diversas maneiras mas que nem sempre denota o mesmo significado. Neste aspecto surge a dúvida: Será que todas as formas de amor são a mesma, ou será que nós estamos utilizando desta palavra para descrever realidades diferentes? O termo EROS, utilizado apenas duas vezes no antigo testamento Grego, refere-se mais precisamente ao amor entre homem e mulher, PHILIA é utilizado para designar o amor entre amigos e ÁGAPE, o amor incondicional. Este ultimo foi melhor favorecido por representar algo singular em relação aos demais.

      No entanto, mais precisamente durante o iluminismo, foi-se gerando um pensamento radicalista de que o cristianismo teria destruído o "EROS". No período que antecede ao cristianismo, os gregos e diversas outras culturas, tinham uma visão distorcida do EROS, como algo que retirava o homem de sua humanidade e fazia com que este, em nome de uma certa loucura divina pudesse ter uma experiência sobrenatural com o Divino. Destes surgiram formas de religião que atentavam gravemente a fé no único Deus, divinizando o EROS e pervertendo seu real significado, já que nos cultos buscava-se este êxtase espiritual através de prostitutas que serviam de instrumentos para este fim, que não eram deusas, sendo utilizadas apenas como objetos. Vemos claramente uma perversão da religiosidade, já naqueles tempos, que foi fortemente combatido pelo Antigo Testamento. Fica claro que o verdadeiro sentido do amor EROS, não é algo puramente instintivo, mas sim racional, que passa pela renuncia e purificação, para ser vivido em sua essência verdadeira, pois se vivido de forma desordenada não leva ao Divino e sim a queda, como afirma Bento XVI. O autor afirma ainda que a vivência plena do amor EROS é atingida quando corpo e alma estão fundidos em unidade, pois o homem que renega o espírito e busca apenas o que é carnal esta incompleto, assim como o que apenas considera o espírito e despreza a carne, pois segundo ele, nem espírito nem corpo amam sozinhos, é preciso essa unidade para que o EROS possa ser amadurecido plenamente. Sempre houve erroneamente o pensamento de que o cristianismo é contrário a corporeidade. Mas na verdade o erro está em exaltar o corpo, o que muitas vezes acaba como que degradando o seu real valor. Pois este passa a ser visto como um objeto, do qual muitas vezes e em especial nos dias de hoje, serve apenas para se tirar algum proveito. 

     O cristianismo enxerga no ser humano não somente o corpo, como puramente matéria, mas também o espírito, que juntos fazem com que se possa experimentar verdadeiramente o divino, desde que trilhemos esse caminho de renuncia e mortificação, para a purificação necessária. Para esta purificação, segundo o autor, é necessário que o amor vá amadurecendo até chegar ao seu mais alto nível:"o amor visa eternidade". Este está disposto ao sacrifício, a renuncia de si mesmo em função do outro. A exemplo de Jesus que morreu por amor a humanidade, onde ai se alcança a plenitude. 

     Vemos constantemente esta contraposição entre o amor EROS e ÁGAPE, sendo o primeiro como mundano e o segundo como divino, mas que estão sempre unidos. Se as relações humanas permanecem no EROS (fechando-se em função de si mesmos), de fato elas se destroem, mas se a medida que esse amor vai amadurecendo, este aproxima-se do ÁGAPE (doar-se ao outro) permanecendo nesta unidade, o amor é capaz de experimentar o seu verdadeiro sentido. Porém para dar amor é preciso primeiramente recebê-lo daquele que é a fonte do amor verdadeiro, Jesus Cristo,"cujo coração trespassado brota o amor de Deus", como afirma Bento XVI. Entende-se ainda que o amor é algo único, composto de duas realidades que se fundem, as quais estão presentes no ser humano, aceito por completo para que nessa busca constante do amor seja purificado.

     Em um segundo aspecto, o então sucessor de Pedro, trata de questões relacionadas a fé bíblica, já que principalmente com a cultura grega havia ainda a confusão entre os vários deuses e o único Deus. Fica claro que só há um único Deus, capaz de criar todas as coisas e que ama o homem com amor singular. Este que elege Israel, e através deste, toda a humanidade. Que ama sem esperar nada em troca, capaz de perdoar, que tem pelo seu povo um amor apaixonado . 

     Partindo da criação do homem (Gn 2,23), entende-se que o EROS está de certa forma relacionado a união entre o homem e a mulher (matrimonio) que os torna um só para sempre, fazendo uma alusão ao relacionamento de Deus com seu povo. Tratando-se do amor encarnado de Deus, Jesus Cristo, o autor destaca ainda a importância de toda a escritura, pois o Deus de quem se fala no Antigo Testamento, assume agora forma humana no Novo Testamento e vem para revelar o amor em sua "forma mais radical", a morte de cruz. Nosso Senhor mostra-nos sua forma de amar através do Santo Evangelho, como os exemplos já citados nesta carta: "o pastor que vai atrás da ovelha perdida, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro do filho pródigo e o abraça, não se trata apenas de palavras, mas constituem a explicação do seu próprio ser e agir".

     Neste amor, quis o Senhor perpetuar sua presença no meio de nós através da Sagrada Eucaristia. Tornando-se verdadeiro alimento, Ele desce até nós para nos elevar. O que antes era apenas estar na presença de Deus, torna-se agora verdadeira união com o próprio Cristo. É esta união com Deus e com todos os cristãos, pois esta comunhão nos retira de nos mesmos e nos impulsiona a viver o mandamento em sua plenitude, já que neste sacramento Deus nos ama, para que aprendamos d'Ele como amar nossos irmãos.

     Recordando a parábola do bom samaritano, o autor destaca a missão da Igreja de sempre enxergar a necessidade do "próximo", que antes referia-se ao estrangeiro que passava a fazer parte de uma determinada comunidade, mas que agora se estende a todo aquele que necessita de ajuda, sendo que cabe a cada cristão estar sempre disposto a ajudar. Compete a cada um de nós enxergar no irmão o próprio Cristo, que se encontra necessitado, desprezado e esquecido e assim cumpriremos com o mandamento do amor a Deus e aos irmãos. 

     Este duplo mandamento torna-se indivisível, assim como enfatizado nesta carta: "Se alguém disser: "Eu amo a Deus", mas odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê?"(I Jo 4,20). Não quis o Senhor exigir este amor, mas Ele nos torna capazes de corresponde-lo. E para isso nos deixa o caminho do amor ao próximo, pois está tão diretamente ligado ao amor a Deus, que através deste dom encontramos no outro o próprio Deus a quem dificilmente conseguiríamos encontrar se não trilhássemos este caminho.

     Ninguém jamais viu a Deus, porém Ele não foi completamente invisível a nós, pois por seu amor, encarnou-se em Jesus Cristo e nele pudemos contempla-lo. Deus se fez presente em toda a história da Igreja e continua a se fazer presente em cada momento de nossas vidas, buscando nos resgatar, nos conquistar, nos trazer de volta quando estamos perdidos e é através desse encontro que podemos nos sentir amados, o que também nos torna capazes de amar verdadeiramente. Por isso o amor a Deus não se torna uma exigência e sim uma resposta.

     Bento XVI afirma ainda que "o amor não é apenas um sentimento", ainda que inicialmente seja sentido desta forma, até atingir sua verdadeira essência passa pela processo da purificação. Este é contínuo, e vai transformando o homem segundo Aquele que ele ama. Não só espiritualmente, mas em todas as áreas da vida, tornado a sua vontade cada vez mais semelhante a vontade de Deus.

     É através dessa experiência que podemos nos tornar capazes de amar até mesmo quem não conhecemos, pois esta comunhão com o próprio Deus nos faz sentir como Ele e a partir disto,o  mandamento já não é visto como uma exigência, mas a comunhão com a sua vontade nos faz compartilhar do querer de Deus. Quando estamos distantes d'Ele nem se quer enxergamos o irmão que sofre. Se ajudamos ao outro apenas para cumprir nossa obrigação, achando que estamos fazendo a vontade de Deus, nos enganamos. É necessário amar com o amor que o próprio Deus nos ama. Já que é desse amor que é derramado no íntimo dos nossos corações que nasce o desejo de compartilhar este dom com os irmãos.


FONTE:https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20051225_deus-caritas-est.html


AUTORA: IVANA MARÇAL BRASIL

sábado, 29 de maio de 2021

Maria, primeiro sacrário de Nosso Senhor

    


     A Virgem Maria é o paraíso do novo Adão que é  Nosso Senhor Jesus Cristo, que veio ao mundo para salvar toda a humanidade. São Luís Maria Grignion de Montfort diz no Tratado da verdadeira devoção a Santíssima virgem que "É Nesse paraíso terrestre, ou seja, a Virgem Santíssima, que está a arvore da vida que produziu Jesus." O ventre da Virgem Maria foi o lugar onde o filho de Deus pode ser gerado com pureza, doçura, beleza e graça, um verdadeiro paraíso interior.

    Neste paraíso que é a Virgem Maria foram cultivadas as mais belas virtudes, de uma mulher pura, sem manchas de pecado e que possuía grande sabedoria e humildade. Foi através do Sim de Maria que Nosso Senhor operou suas maravilhas.

    Maria foi o primeiro sacrário de Nosso Senhor Jesus Cristo, por isso Ela é considerada um santuário fechado que é guardado e zelado pelo próprio Espirito Santo, dessa forma se torna um caminho mais curto para se chegar a Deus. Maria é a mãe cheia de ternura, graça e esplendor , a mãe que acolhe os pecadores e intercede a  Deus por eles, os protegendo de todos os perigos e pecados. "Os que em espirito permanecem na Santíssima Virgem não cometerão pecados consideráveis" (Tratado da verdadeira devoção).

    Maria foi a única mulher que encontrou graça diante de Deus, e através Dela a salvação chegou a nós, mesmo com toda grandeza de ser mãe do filho de Deus, Maria permaneceu humilde e fiel á Deus, o que fez com que a Ela fosse confiado o poder de esmagar a cabeça da serpente. “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu ferirás o calcanhar” (Gn 3, 15).

“Deus, vendo que somos indignos de receber suas graças diretamente de suas mãos divinas, dá-as a Maria, a fim de obtermos por ela o que ele nos quer dar.“(Tratado da Verdadeira devoção). Por isso, podemos dizer que temos uma mãe e advogada que intercede por nós junto a Deus Pai e através Dela podemos alcançar grandes graças e Nela encontramos um abrigo certo e um refúgio seguro.


Fontes: 

Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem

Sagradas Escritura


Juliete Regina

G.O. Filhos de Maria