sexta-feira, 6 de junho de 2025

Um novo rumo ou continuidade? Conheça o Papa Leão XIV e a análise dos seus primeiros atos.


    As vésperas de completar um mês da eleição ao papado do Cardeal Robert Prevost como o 267° Papa da Igreja Católica, vamos trazer um breve resumo da sua história, eleição e o seu impacto para a Igreja Católica e toda a sociedade. Prevost nascido em 14 de setembro de 1955, ingressou na ordem de Santo Agostinho em 1977 e fez seus votos solenes em 1981. Foi ordenado sacerdote em 1982.

    Tornou-se o primeiro Papa norte americano na história. 

    Vindo de uma ascensão meteórica, Prevost foi enviado em 2014 pelo Papa Francisco como administrador apostólico da Diocese de Chiclayo no Peru e em 2015 foi efetivamente nomeado bispo da diocese. Em 2023, foi criado Cardeal pelo Papa Francisco e em 8 de maio foi eleito Papa.

    A chegada do Papa Leão XIV gerou uma agitação global que foi muito além dos limites da Igreja Católica. Nessas primeiras semanas de pontificado, podemos ver uma continuidade do legado do Papa Francisco, mas com um foco renovado em alguns temas como:

        ° Justiça Social: Defesa dos mais vulneráveis.

        ° Imigração e Direitos Humanos: Acolhimento e proteção daqueles que buscam refúgio.

      ° Diálogo Intercultural: Promoção da compreensão e respeito da diversas culturas. Algo que o Papa Francisco também promovia e chamava como Cultura do Encontro.

    Em seu primeiro discurso e nas suas ações nessas primeiras semanas de pontificado podemos ver que o Papa Leão XIV deixou uma clara visão de uma Igreja "aberta a todos", com uma comunicação moderna e gestão compartilhada. 

O que se espera desse novo pontificado?

    Em um mundo multi polar em que vemos vários conflitos armados estourando em várias partes do mundo, onde cada vez mais vemos a falta de amor a Deus e o amor aos irmãos, as expectativas com o Papa Leão XIV são altas e giram entorno da busca de um pontificado marcado por a busca pela paz, acolhimento e compaixão. Em seus primeiros atos, o Papa Leão XIV se ofereceu para intermediar uma busca pela paz em relação ao conflito Rússia e Ucrânia. Além de ter telefonado para Putin pedindo que a Rússia fizesse um gesto de paz. Ele usa de sua diplomacia moral buscando usar sua influência espiritual e humanitária da Santa Sé na busca por uma solução pacífica. 

    Portanto, a Igreja Católica e o mundo espera que Leão XIV continue:

        ° A defesa da dignidade a vida em todas as suas fases desde a sua concepção;

        ° O cuidado com o meio ambiente na proteção da "casa comum";

        ° O combate a abusos dentro da Igreja, seguindo o caminho da transparência;

        ° Promoção da unidade e o fortalecimento do dialogo inter-religioso.

    Assim sendo, a eleição do Papa Leão XIV é um marco histórico e traz muitas expectativas para a Igreja e para o mundo. De nossa parte, nos unamos em oração pelo Santo Padre para que ele se deixe ser guiado cada vez mais pelo Espirito Santo e seja um Pastor segundo o Coração de Deus.


sábado, 26 de abril de 2025

Homilia da Missa de exéquia do Papa francisco

MISSA DAS EXÉQUIAS

PELO ROMANO PONTÍFICE

FRANCISCO

HOMILIA DO CARDEAL GIOVANNI BATTISTA RE,

DECANO DO COLÉGIO CARDINALÍCIO

Praça de São Pedro

Sábado, 26 de abril de 2025

Nesta majestosa praça de São Pedro, onde o Papa Francisco celebrou tantas vezes a Eucaristia e presidiu a grandes encontros ao longo destes 12 anos, encontramo-nos reunidos em oração à volta dos seus restos mortais com o coração triste, mas sustentados pela certeza da fé, que nos garante que a existência humana não termina no túmulo, mas na casa do Pai, numa vida de felicidade que não terá ocaso.

Em nome do Colégio Cardinalício saúdo, agradeço a presença de todos vós. Com grande emoção, dirijo uma deferente saudação e um vivo agradecimento aos numerosos Chefes de Estado, aos Chefes de Governo e às Delegações oficiais que vieram de muitos países para manifestar afeto, veneração e estima pelo Papa que nos deixou.

A manifestação popular de afeto e adesão, a que todos assistimos, após a sua passagem desta terra para a eternidade, mostram-nos quanto o intenso pontificado do Papa Francisco tocou mentes e corações.

A sua última imagem, que permanecerá em nossos olhos e em nossos corações, é a do último domingo, Solenidade de Páscoa, quando Papa Francisco, apesar dos sérios problemas de saúde, quis conceder a bênção do balcão da Basílica de São Pedro e depois quis descer nesta praça para saudar, do papamóvel aberto, toda a grande multidão reunida aqui para a Missa de Páscoa.

Com a nossa oração, queremos agora entregar a alma do nosso amado Pontífice a Deus, para que Ele lhe conceda a felicidade eterna no horizonte luminoso e glorioso do seu imenso amor.

Somos iluminados e guiados pela página do Evangelho, na qual ressoou a voz do próprio Cristo quando interpelou o primeiro dos Apóstolos, Pedro: «Pedro, tu amas-me mais do que estes?» (cf. Jo 21, 15). E a resposta de Pedro foi pronta e sincera: «Senhor, Tu sabes tudo, Tu bem sabes que Te amo!». E Jesus confiou-lhe a grande missão: «Apascenta as minhas ovelhas» (cf. 17). Esta será constantemente a tarefa de Pedro e dos seus Sucessores, um serviço de amor na senda do Mestre e Senhor Nosso Jesus Cristo.

Apesar da sua fragilidade nesta reta final e do seu sofrimento, o Papa Francisco escolheu percorrer este caminho de entrega até ao último dia da sua vida terrena. Seguiu as pegadas do seu Senhor, o bom Pastor, que amou as suas ovelhas até dar a própria vida por elas. E fê-lo com força e serenidade, junto do seu rebanho, a Igreja de Deus.

Quando, a 13 de março de 2013, o Cardeal Bergoglio foi eleito pelo Conclave para suceder ao Papa Bento XVI, trazia consigo os anos de vida religiosa na Companhia de Jesus e, sobretudo, vinha enriquecido pela experiência de 21 anos de ministério pastoral na Arquidiocese de Buenos Aires, primeiro como Bispo auxiliar, depois como Coadjutor e de seguida como Arcebispo.

A decisão de adotar o nome Francisco manifestou-se logo como a escolha do programa e do estilo em que queria basear o seu Pontificado, procurando inspirar-se no espírito de São Francisco de Assis.

Papa Francisco conservou sempre o seu temperamento e a sua forma de orientação pastoral, imprimindo de imediato a marca da sua forte personalidade no governo da Igreja, estabelecendo um contacto direto com cada pessoa e com as populações, desejoso de ser próximo a todos, com uma atenção especial às pessoas em dificuldade, gastando-se sem medida, em particular pelos últimos da terra, os marginalizados. Foi um Papa no meio do povo, com um coração aberto a todos. Foi também um Papa atento àquilo que de novo estava a surgir na sociedade e àquilo que o Espírito Santo estava a suscitar na Igreja.

Com o vocabulário que lhe era caraterístico e com a sua linguagem rica de imagens e metáforas, procurou sempre iluminar os problemas do nosso tempo com a sabedoria do Evangelho, oferecendo uma resposta à luz da fé e encorajando-nos a viver como cristãos os desafios e as contradições destes anos cheios de mudanças, que ele gostava de descrever como uma “mudança de época”.

Tinha uma grande espontaneidade e uma maneira informal de se dirigir a todos, mesmo às pessoas afastadas da Igreja.

Dotado de grande calor humano e profundamente sensível aos dramas de hoje, o Papa Francisco partilhou em pleno as angústias, os sofrimentos, as esperanças do nosso tempo e, com uma mensagem capaz de chegar ao coração das pessoas de forma direta e imediata, dedicou-se a confortar e a encorajar.

O seu carisma de acolhimento e de escuta, associado a um modo de se comportar que é próprio da sensibilidade dos nossos dias, tocou os corações, procurando despertar energias morais e espirituais.

O primado da evangelização foi o guia do seu Pontificado, difundindo, com um claro cunho missionário, a alegria do Evangelho, que também foi o título da sua primeira Exortação Apostólica Evangelii gaudium. Uma alegria que enche de confiança e esperança o coração daqueles que se entregam a Deus.

O fio condutor da sua missão foi também a convicção de que a Igreja é uma casa para todos; uma casa com as portas sempre abertas. Várias vezes utilizou a imagem da Igreja como um “hospital de campanha” depois de uma batalha em que houve muitos feridos; uma Igreja desejosa de cuidar com determinação dos problemas das pessoas e das grandes angústias que dilaceram o mundo contemporâneo; uma Igreja capaz de se inclinar sobre cada homem, independentemente da sua fé e condição, curando as suas feridas.

São inúmeros os seus gestos e exortações a favor dos refugiados e deslocados. Constante foi também a sua insistência em agir a favor dos pobres.

É significativa a primeira viagem do Papa Francisco, é significativo que tenha sido a Lampedusa, ilha-símbolo do drama da emigração, com milhares de pessoas afogadas no mar. Na mesma linha se inscreve a viagem a Lesbos, com o Patriarca Ecuménico e o Arcebispo de Atenas, e a celebração de uma Missa junto da fronteira mexicana com os Estados Unidos, por ocasião da sua viagem ao México.

Das suas 47 cansativas Viagens Apostólicas, ficará para a história, de modo especial, a que fez ao Iraque em 2021, desafiando todos os riscos naquele momento. Essa difícil Visita Apostólica foi um bálsamo para as feridas do povo iraquiano, que tanto tinha sofrido com a ação desumana do Estado Islâmico. Foi uma Viagem importante também para o diálogo inter-religioso, outra dimensão relevante - essa - do seu trabalho pastoral. Com a Visita Apostólica a quatro nações da Ásia-Oceânia, em 2024, o Papa chegou “à periferia mais periférica do mundo”.

O Papa Francisco sempre deu centralidade ao Evangelho da misericórdia, sublinhando repetidamente que Deus não se cansa de perdoar: Ele perdoa sempre, seja qual for a situação de quem pede perdão e regressa ao bom caminho.

E por isso ele quis o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, destacando que a misericórdia é “o coração do Evangelho”.

Misericórdia e alegria do Evangelho são duas palavras-chave do Papa Francisco.

Em contraste com o que ele designou por “cultura do descarte”, falou da cultura do encontro, della cultura da solidariedade. O tema da fraternidade atravessou todo o seu pontificado com tons vibrantes. Na sua Carta Encíclica Fratelli tutti, pretendeu reanimar a aspiração mundial à fraternidade, porque todos somos filhos do mesmo Pai que está nos céus. Com força, recordou-nos muitas vezes que todos pertencemos à mesma família humana e que ninguém se salva sozinho.

Em 2019, durante a Viagem aos Emirados Árabes Unidos, o Papa Francisco assinou um documento sobre “a Fraternidade Humana em prol da Paz Mundial e da Convivência Comum”, evocando a comum paternidade de Deus.

Dirigindo-se a homens e mulheres de todo o mundo, na sua Encíclica Laudato si', chamou a atenção para os deveres e a corresponsabilidade em relação à casa comum.

Perante o eclodir de tantas guerras nos últimos anos, com horrores desumanos e inúmeras mortes e destruições, o Papa Francisco levantou incessantemente a sua voz implorando a paz e convidando à sensatez, convidando a uma negociação honesta para encontrar soluções possíveis, porque a guerra – dizia ele – é apenas morte de pessoas e destruição de casas, destruição de hospitais e de escolas. A guerra deixa sempre - é uma expressão sua - o mundo pior do que estava: é sempre uma derrota dolorosa e trágica para todos.

“Construir pontes e não muros” é uma exortação que ele repetiu muitas vezes, e o serviço da fé como Sucessor do Apóstolo Pedro esteve sempre unido ao serviço do homem em todas as suas dimensões.

Em união espiritual com toda a comunidade cristã, nós estamos aqui em grande número a rezar pelo Papa Francisco, para que Deus o acolha na imensidão do seu amor.

O Papa Francisco costumava concluir os seus discursos e encontros pessoais dizendo: “Não vos esqueçais de rezar por mim”.

Agora, querido Papa Francisco, pedimos-Vos que rezeis por nós e pedimos que, do céu, abençoeis a Igreja, abençoeis Roma, abençoeis o mundo inteiro, como fizestes no domingo passado, do balcão central desta Basílica, num último abraço a todo o povo de Deus, mas também, idealmente, à inteira humanidade, com a humanidade que procura a verdade de coração sincero e segura bem alto a chama da esperança.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Papa Francisco: Um homem simples assim como o seu Mestre Jesus é simples.

Jorge Mario Bergoglio nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, em uma família de origem italiana, cresceu em um ambiente humilde, onde aprendeu desde cedo valores como a solidariedade, a simplicidade e a importância da fé. Filho de Mario Bergoglio, um ferroviário, e Regina Sivori, dona de casa, Jorge era um menino curioso e dedicado aos estudos.  

Na juventude, demonstrava interesse pela ciência e chegou a cursar a faculdade de Química, mas um chamado mais profundo o levou à vida religiosa. Em 1958, ingressou na Companhia de Jesus, dando início a sua trajetória como jesuíta - ordem conhecida por sua dedicação à educação e ao serviço social - . Durante sua formação, estudou Filosofia e Teologia, tornando-se sacerdote em 1969.  

Como padre, exerceu um papel ativo na educação e na formação espiritual de muitos jovens. Seu compromisso com a comunidade o levou a cargos de liderança dentro da Igreja, sendo nomeado provincial dos jesuítas na Argentina e, mais tarde, arcebispo de Buenos Aires. Sempre próximo dos pobres e marginalizados, preferia deslocar-se de transporte público e manter um estilo de vida simples, características que seguiram com ele até o Vaticano.  

Em 2013, após a renúncia do Papa Bento XVI, Jorge Mario Bergoglio foi eleito o 266º Papa da Igreja Católica, adotando o nome Francisco, em referência a São Francisco de Assis, símbolo de humildade e amor aos mais necessitados. 

No Vaticano, o Papa Francisco trouxe uma nova perspectiva, reforçando valores como misericórdia, diálogo e cuidado com a criação. Suas encíclicas, como: *Laudato Si’*, sobre o meio ambiente, e *Fratelli Tutti*, sobre fraternidade e amizade social, expressam sua preocupação com os desafios globais e seu chamado à união entre os povos.  

Além de ser um líder espiritual, Francisco se tornou uma voz ativa na busca por paz, justiça social e respeito pelas diferenças. Seu pontificado foi um constante convite à conversão, compaixão e à reflexão sobre nosso papel de filhos de Deus no mundo.

terça-feira, 22 de abril de 2025

Testamento do Papa Francisco

 

Foto: Vatican News

Em Nome da Santíssima Trindade. Amém.

Sentindo que se aproxima o ocaso da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar a minha vontade testamentária somente no que diz respeito ao local da minha sepultura.

Sempre confiei a minha vida e o ministério sacerdotal e episcopal à Mãe do Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais repousem, esperando o dia da ressurreição, na Basílica Papal de Santa Maria Maior.

Desejo que a minha última viagem terrena se conclua precisamente neste antiquíssimo santuário Mariano, onde me dirigia para rezar no início e fim de cada Viagem Apostólica, para entregar confiadamente as minhas intenções…

O túmulo deve ser no chão; simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: Franciscus.

As despesas para a preparação da minha sepultura serão cobertas pela soma do benfeitor que providenciei, a ser transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e para a qual dei instruções apropriadas ao Arcebispo Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Cabido da Basílica.

Que o Senhor dê a merecida recompensa àqueles que me quiseram bem e que continuarão a rezar por mim. O sofrimento que esteve presente na última parte de minha vida eu o ofereço ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.

Santa Marta, 29 de junho de 2022.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Unidos em oração pelo Papa Francisco

 


Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

Que possamos nos unir em oração pelo santo padre o Papa Francisco. Como divulgado a dias, ele está enfrentando uma batalha contra uma pneumonia bilateral e insuficiência renal leve. Desde a sua internação em 14 de fevereiro, ele tem recebido cuidados intensivos e está sob vigilância constante da equipe médica do hospital Gemelli.

Apesar do quadro clínico complexo, Francisco permanece vigilante e bem orientado, demonstrando sua habitual força e resiliência. No entanto, a situação ainda é crítica e requer nossas contínuas e fervorosas orações.

Por isso, neste momento convidamos a todos os leitores e seguidores do blog e das nossas redes sociais a se unirem em oração pelo Santo Padre. Que possamos, juntos, elevar nossas vozes ao Senhor, pedindo pela recuperação e fortalecimento do nosso querido Pastor. Que Deus, em Sua Infinita Misericórdia, conceda-lhe a saúde necessária para continuar guiando a Igreja Católica com Sabedoria e Amor.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Como se tornar um filho espiritual do Padre Pio?

    Padre Pio foi Diretor Espiritual de muitas pessoas que desejavam cada vez mais progredir no caminho de santidade, sob a sua especial orientação e proteção ele os chamava de seus “Filhos Espirituais”.




    Desde a morte de Padre Pio em 1968, o Convento Santa Maria delle Grazie em San Giovanni Rotondo estendeu esse privilégio a todos aqueles que procuram viver uma vida de graça e aumentar cada vez mais a fé por meio de sua inspiração.

Por isso, você também pode tornar-se Filho Espiritual de Padre Pio! Saiba como:

Condições para fazer parte da Associação dos Filhos Espirituais de Padre Pio de Pietrelcina:

1) Viver intensamente sob a graça divina.

2) Provar sua fé através de palavras e ações, levando uma vida verdadeiramente cristã.

3) Desejar permanecer sob a proteção de Padre Pio e participar dos frutos de suas orações e sofrimentos.

4) Imitar as virtudes de Padre Pio, particularmente seu amor por Jesus Crucificado, pelo Santíssimo Sacramento, por Nossa Senhora, pelo Papa e por toda a Igreja.

5) Ter um sincero espírito de caridade para com todos.

Se você concorda com as condições acima e deseja inscrever-se na Associação dos Filhos Espirituais de Padre Pio, faça o download da ficha abaixo. Para que seja registrado no Convento de Padre Pio, envie esta ficha preenchida e assinada pelo correio para:

Convento Santa Maria delle Grazie

71013 – San Giovanni Rotondo, FG

Italia

👉  CLIQUE AQUI para fazer o Download do arquivo.


Referência: https://encontrocomcristo.com.br/como-ser-adotado-oficialmente-como-filho-espiritual-do-padre-pio/

Arquidiocese de São Sebastião do Ri de Janeiro recebeu as relíquias de São Padre Pio.

    Entre os dias 2 e 4 de maio de 2024, as relíquias de São Padre Pio de Pietrelcina estiveram presentes pela primeira vez na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. As relíquias trazidas consistem em artigos provenientes de São Padre Pio como as crostas de suas feridas, a gaze de algodão com manchas de sangue, uma mecha de seu cabelo, sua luva e até um pedaço do seu manto. 

    Apesar dos fiéis não poderem pegar ou beijar as relíquias, esse foi um momento importante de fé, de renovar a fé e pedir a intercessão deste grande santo. O Cardeal Orani Tempesta falou sobre o momento: "A oportunidade em venerar as relíquias de São Padre Pio certamente aumentará o fervor da fé em nossos fiéis, a parcela do rebanho de Cristo a nós confiada."

Foto: Relíquias - Vatican News

As relíquias foram apresentadas em coletiva de imprensa na Sede da Arquidiocese de São Sebastião, na Glória, e contou com a presença do Cardeal Orani Tempesta, do Monsenhor André Sampaio, vigário episcopal para as irmandades e Luciano Lamonarca, Fundador e CEO da Fundação São Padre Pio. 

Foto: Coletiva - Vatican News


Referência: https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2024-05/arquidiocese-rio-janeiro-recebeu-reliquias-padre-pio.html


sexta-feira, 17 de maio de 2024

Abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II




    O Concílio Vaticano II foi o 21° Concílio Ecumênico da Igreja Católica, convocado no dia 25 de dezembro de 1961, por meio da Constituição Apostólica "Humanae salutis", pelo então Papa da época, João XXIII. Ele foi o responsável por convocar o Concílio e a sua inauguração no dia 11 de outubro de 1962. O Concílio teve 4 sessões - onde foram convocados mais de 2 mil prelados de todo o mundo - e tendo o seu término no dia 8 de dezembro de 1965, com a Igreja Católica já sob o governo do Papa Paulo VI.

    Veja essa relíquia e nos ajude a crescer as nossas mídias sociais, seguindo, comentando, curtindo e compartilhando.

    Deus abençoe a todos!

sábado, 4 de maio de 2024

HOMILIA DE JOÃO PAULO II DURANTE A CERIMÓNIA DE BEATIFICAÇÃO DE PADRE PIO DE PIETRELCINA

 


Credit Voce di Padre Pio GiugnoLuglio 1999 _ Telereadiopadrepio.it




HOMILIA DE JOÃO PAULO II DURANTE A CERIMÓNIA DE BEATIFICAÇÃO DE PADRE PIO DE PIETRELCINA

Domingo, 2 de Maio de 1999


«Cantemos ao Senhor um cântico novo!».

1. O convite da antífona de entrada exprime bem a alegria de muitos fiéis, que há tempo esperam a elevação de Padre Pio de Pietrelcina às honras dos altares. Este humilde frade capuchinho surpreendeu o mundo, com a sua vida inteiramente consagrada à oração e à escuta dos irmãos.

Inúmeras pessoas foram ao seu encontro no convento de San Giovanni Rotondo e a peregrinação, mesmo depois da sua morte, não cessou. Quando eu era estudante aqui em Roma, tive ocasião de o conhecer pessoalmente e agradeço a Deus ter-me dado hoje a possibilidade de o inscrever no álbum dos Beatos.

Hoje de manhã repercorremos os traços salientes da sua experiência espiritual, guiados pelos textos da Liturgia deste quinto domingo de Páscoa, no interior da qual se coloca o rito da sua beatificação.

2. «Não se turve o vosso coração: crede em Deus, crede também em Mim» (Jo 14, 1). Na página evangélica há pouco proclamada, escutámos estas palavras de Jesus aos seus discípulos, necessitados de encorajamento. Com efeito, a referência à Sua morte já próxima desanimou-os. Eles tinham medo de ser abandonados, de ficar sozinhos, e o Senhor confortou-os com uma promessa específica: «Vou preparar-vos um lugar» e depois «virei outra vez e levar-vos-ei Comigo para que, onde Eu estiver, estejais também vós» (Jo 14, 2-3).

A esta certeza os Apóstolos respondem pelos lábios de Tomé: «Senhor, não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?» (Jo 14, 5). A observação é pertinente e Jesus não ignora a pergunta que nela é implícita. A resposta que Ele dá permanecerá nos séculos como uma luz límpida para as gerações vindouras: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim» (Jo 14, 6).

O «lugar» que Jesus vai preparar está na «casa do Pai»; ali o discípulo poderá estar para toda a eternidade com o Mestre e participar da Sua mesma alegria. Contudo, para alcançar a meta, o caminho é um só: Cristo, ao qual o discípulo se deve conformar cada vez mais. A santidade consiste precisamente nisto: já não é o cristão que vive, mas é o próprio Cristo que vive nele (cf. Gl 2, 20). Meta exaltante, acompanhada por uma promessa igualmente consoladora: «Aquele que acredita em Mim fará também as obras que Eu faço; e fará obras maiores do que estas, porque Eu vou para o Meu Pai» (Jo 14, 12).

3. Enquanto escutamos estas palavras de Jesus o nosso pensamento dirige-se ao humilde frade capuchinho de Gargano. Com que evidência estas se realizaram no Beato Pio de Pietrelcina!

«Não se turve o vosso coração: crede...». O que foi a vida deste humilde filho de São Francisco, senão um constante exercício de fé, corroborado pela esperança do Céu, onde poder estar com Cristo?

«Vou preparar-vos um lugar... para que onde Eu estiver, estejais vós também». Que outra finalidade teve a duríssima ascese a que Padre Pio se submeteu desde a adolescência, senão a progressiva identificação com o divino Mestre, para estar «lá onde Ele estava»?

Quem ia a San Giovanni Rotondo para participar na sua Missa, para lhe pedir conselho ou se confessar, vislumbrava nele uma imagem viva de Cristo sofredor e ressuscitado. No rosto de Padre Pio resplandecia a luz da ressurreição. Marcado pelos «estigmas», o seu corpo mostrava a íntima conexão entre morte e ressurreição, que caracteriza o mistério pascal. Para o Beato de Pietrelcina, a participação na Paixão teve matizes de especial intensidade: os singulares dons que lhe foram concedidos e os sofrimentos interiores e místicos que os acompanharam consentiram-lhe viver uma extraordinária e constante experiência dos sofrimentos do Senhor, na imutável consciência de que «o Calvário é a montanha dos Santos».

4. Não menos dolorosas, e humanamente talvez ainda mais fortes, foram as provações que teve de suportar como consequência, dir-se-ia, dos seus singulares carismas. Na história da santidade às vezes acontece que o escolhido, por especial permissão de Deus, é objecto de incompreensões. Quando isto se verifica, a obediência torna-se para ele crisol de purificação, vereda de progressiva assimilação a Cristo, refortalecimento da santidade autêntica. A esse respeito, o novo Beato escrevia a um seu superior: «Só trabalho para vos obedecer, tendo-me feito conhecer o bom Deus, a coisa que Ele mais aceita e o que para mim é o único meio para esperar saúde e cantar vitória» (Epist. I, pág. 807).

Quando sobre ele se abateu a «tormenta», estabeleceu como regra da sua existência a exortação da primeira Carta de São Pedro, que há pouco escutámos: Aproximai-vos de Cristo, pedra viva» (cf. 1 Pd 2, 4). Deste modo, tornou-se também ele «pedra viva», para a construção do edifício espiritual que é a Igreja. E por isto hoje damos graças ao Senhor.

5. «E vós mesmos, como pedras vivas, entrai na construção dum edifício espiritual» (1 Pd 2, 5). Como parecem pertinentes estas palavras, aplicadas à extraordinária experiência eclesial que se desenvolveu à volta do novo Beato! Muitas pessoas, ao encontrarem-se directa ou indirectamente com ele, reencontraram a própria fé; na sua escola multiplicaram-se em todos os recantos do mundo os «grupos de oração». Àqueles que a ele acorriam, propunha a santidade, repetindo-lhes: «Parece que Jesus não tem outro cuidado senão o de santificar a vossa alma» (Epist. II, pág. 155).

Se a Providência divina quis que ele agisse sem jamais se afastar do seu convento, como que «plantado» aos pés da Cruz, isto não é isento de significado. Certo dia o divino Mestre consolou-o, num momento de particulares provações, dizendo-lhe que «junto da Cruz se aprende a amar» (Epist. I, pág. 339).

Sim, a Cruz de Cristo é a insigne escola do amor: ou melhor, é a própria «fonte» do amor. Purificado pelo sofrimento, o amor deste fiel discípulo atraía os corações a Cristo e ao seu exigente Evangelho de salvação.

6. Ao mesmo tempo, a sua caridade derramava-se como bálsamo sobre as debilidades e sofrimentos dos irmãos. Assim, Padre Pio uniu ao zelo pelas almas a atenção pelo sofrimento humano fazendo-se promotor, em San Giovanni Rotondo, de uma estrutura hospitalar, por ele chamada «Casa Alívio do Sofrimento». Ele a quis como um hospital de primeira categoria, mas sobretudo preocupou-se por que nele se praticasse uma medicina verdadeiramente «humanizada», onde a relação com o doente se caracterizasse pela mais calorosa solicitude e pelo mais cordial acolhimento. Bem sabia que, quem está doente e sofre, tem necessidade não só de uma correcta aplicação dos instrumentos terapêuticos, mas também e sobretudo de um clima humano e espiritual, que lhe consinta redescobrir-se a si mesmo no encontro com o amor de Deus e a ternura dos irmãos.

Com a «Casa Alívio do Sofrimento» ele quis mostrar que os «milagres ordinários» de Deus passam através da nossa caridade. É preciso tornar-se disponível à partilha e ao serviço generoso dos irmãos, servindo-se de todos os recursos da ciência médica e da técnica.

7. O eco que esta beatificação suscitou na Itália e no mundo é sinal de que a fama de Padre Pio, filho da Itália e de Francisco de Assis, alcançou um horizonte que abarca todos os Continentes. É-me grato saudar todos os que aqui vieram, a começar pelas altas Autoridades italianas, que quiseram estar presentes: o Senhor Presidente da República, o Senhor Presidente do Senado, o Senhor Presidente do Conselho dos Ministros, que chefia a Delegação oficial, além de numerosos Ministros e Personalidades. A Itália está deveras representada de maneira digna! Mas também inúmeros fiéis de outras Nações estão aqui reunidos para prestar homenagem a Padre Pio.

A quantos vieram de perto ou de longe dirige-se a minha saudação afectuosa, juntamente com um especial pensamento para os Padres Capuchinhos. A todos um agradecimento cordial!

8. Quereria concluir com as palavras do Evangelho desta Missa: «Não se turve o vosso coração: crede em Deus». Faz eco desta exortação de Cristo o conselho que o novo Beato costumava repetir: «... Abandonai-vos plenamente no coração de Jesus, como uma criança entre os braços da mãe». Possa este convite penetrar também no nosso espírito como fonte de paz, de serenidade e de alegria. Por que devemos ter medo, se Cristo é para nós o Caminho, a Verdade e a Vida? Por que não confiarmos em Deus que é Pai, nosso Pai?

«Santa Maria das Graças», que o humilde capuchinho de Pietrelcina invocou com constante e terna devoção, nos ajude a ter os olhares fixos em Deus. Ela nos tome pela mão e nos incentive a procurar, com todos os esforços, aquela caridade sobrenatural que brota do lado trespassado do Crucificado.

E tu, Beato Padre Pio, volve do Céu o teu olhar sobre nós congregados nesta Praça e sobre quantos estão reunidos em oração na Praça de São João de Latrão e em San Giovanni Rotondo. Intercede por quem, em todas as partes do mundo, se une espiritualmente a este evento elevando a ti as suas súplicas. Vem em socorro de cada um e dá paz e conforto a todos os corações.

Amém!

Fonte: https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/homilies/1999/documents/hf_jp-ii_hom_02051999_padre-pio.html

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Recorrer sempre ao anjo da guarda

 


    Você deve saber, Raffaelina, que este bom anjo reza por você: ofereça a Deus todas as boas obras que você faz, seus desejos santos e puros. Nas horas em que lhe parece estar só e abandonado, não lamente por não ter uma alma amiga, a quem possa se abrir e confiar suas dores. Por caridade, não te esqueças deste companheiro invisível, sempre presente para te ouvir, sempre pronto para te confortar. Oh deliciosa intimidade, Oh companhia feliz! Ah, se todos os homens, sem exceção, soubessem compreender e apreciar este grande dom de Deus, que, além de seu amor ao homem, nos atribuiu este espírito celestial! Muitas vezes ele se lembra de sua presença: é preciso contemplá-lo com os olhos da alma, agradecer-lhe, suplicar-lhe. Ele é tão delicado, tão sensível; respeitá-lo. Ele está constantemente com medo de ofender a pureza de seu olhar.

(20 de abril de 1915, a Raffaelina Cerase, Ep. II, 403)