"Recebei o Espirito Santo. A quem perdoares os pecados, serão perdoados; a quem retiverdes, lhes serão retirdo." Jo 20, 22 - 23.
Juntamente com São Pio de Pietrelcina, outro grande santo terá seu corpo exposto em Roma. Conheça um pouco da Vida de São Leopoldo Mandic.
Bogdan nasceu no dia 12 de Maio de 1866 em Castelnovo. (Herzegnovi) antiga Iuguslávia. Seus pais eram muito pobres, o casarão onde moravam foi recebido por herança. O único bem que a família possuía eram os 12 filhos de Bogdan era o último. O mesmo nasceu pequenino e franzino que parecia não sobreviver.
Foi batizado um mês depois do nascimento e na Pia Batismal recebeu o nome de Bogdan que significa: "Dom de Deus."
Apesar de sua frágil saúde, o pequeno Bogdan sempre se mostrou de grande caráter e sensibilidade. Seu olhar irradiava ternura e de sua boca jamais se ouviu blasfêmias, insultos, palavrões entre outros. Certa vez junto com outras crianças, brincavam e jogavam na prainha em frente a sua casa. Nos jogos faziam apostas de patacões, e num determinado momento o perdedor, com raiva disse um palavrão. Bogdan indignado, tirou do bolso seus patacões e deu ao perdedor dizendo: "São todos teus se prometeres que nunca repetiras tal palavrão e nem outros". Pacto firmado e cumprido entre bons amigos!
O jovem Bogdan em 1882 partiu para o Seminário de Údine e de lá dois anos depois, parte para o Convento de Bassano Del Grappa para fazer o noviciado. No Seminário adota o nome de Leopoldo - Frei Leopoldo. Foram tantas as dificuldades que teve que enfrentar nos tempos de formação que somente alguém com muita persistência suportaria. Frei Leopoldo tudo enfrentou com coragem.
Depois de duras e longas provas, Frei Leopoldo é ordenado Sacerdote no dia 20 de Setembro de 1890. Desejava Celebrar entre os seus a 1° Missa em Castelnovo, não foi possível, e conformado envia uma foto da Celebração para seus familiares.
O Sacerdócio foi para Frei Leopoldo a total realização pessoal. As Celebrações eram cheias de piedade e na hora da Consagração aquele Padre franciscano parecia elevar - se e tornar - se um gigante da fé.
Frei Leopoldo era uma fonte de bençãos, em tudo dava graças a Deus e a todos abençoava. Todos que dele se aproximavam sentiam o toque da graça, o seu olhar penetrava a alma e descortinava o coração. O Confessionário foi desde os primeiros duas de sua Ordenação, o lugar preferido de Frei Leopoldo. Devolver a graça perdida pelo pecado, e readquirida pela absolvição, era a sua realização.
Por alguns anos ficou em Veneza, depois foi enviado a diversos conventos de sua província. Trabalhou em Zara, Bassano, Del Grappa, Capodistria e Thiene.
A obediência, a vida de oração e a disponibilidade , fizeram de Frei Leopoldo um exemplo para seus confrades e um conforto para os seus superiores. Desejava somente fazer o bem, e o bem poderia ser feito em qualquer lugar desde que estivesse em conformidade com a vontade de Deus. Todos os seus penitentes eram unânimes em considerá - lo como diretor espiritual e o tinham como pai afetuoso.
Quando era transferido uma multidão lamentava a sua partida, do confessor amigo, e por muitos anos escreviam cartas e até faziam caravanas para visitá - lo. Frei Leopoldo com muita caridade e simplicidade dirigia os seus filho espirituais. Os corações eram escancarados e os segredos revelados, com o simples olhar do confessor.
As horas no confessionário eram incontáveis, por vezes chegou a confessar por dezesseis horas seguidas. Seu corpo e sua saúde eram poucas, ocupavam o precioso tempo de seu sono. Quando seus superiores o repreendiam, Frei Leopoldo, olhando para o Crucifixo dizia: " E ene então! Ele chegou a morrer pelas almas!" O sonho de frei Leopoldo era as santas missões. Mas conformou - se em não ser escolhido por sua frágil saúde.
Em todos os lugares que passou, deixou um testemunho de fé. O tempo que não estava no confessionário era ocupado por horas de adoração Eucarística, e outras tantas rezando incontáveis terços diante da imagem da Santíssima Virgem. A ela escrevia bilhetes e recomendava os penitentes de coração duro. Jesus e Maria eram para ele seus "Patrões Abençoados". Por ser Franciscano, nutria por nosso seráfico Pai São Francisco de Assis uma devoção especial.
No ano de 1909 foi transferido para Pádua, e lá permaneceu pelo resto de sua vida. O sonho de missionário permaneceu no sonho. Por obediência e sempre de bom humor dizia que: "Se sentia como um pássaro na gaiola e o coração além das fronteiras". Frei Leopoldo estava bastante cansado e doente, de nada reclamava e tudo estava bom demais.
No dia 29 de Julho de 1942, confessou aproximadamente 50 pessoas, seu corpo dava sinais de desgaste. No dia seguinte, às 7:00 da manhã, enquanto se paramentava para a Santa Missa, sofreu um colapso e expirou pronunciando as palavras da Salve Rainha. O seu sepultamento foi gigantesco! Os paudianos saudavam o cortejo fúnebre com lagrimas e acenos. Quando seu tumulo foi aberto para o processo de beatificação, encontraram tão somente a sua mão direita intacta. A mão que tanto abençoou e tantos pecados absolveu, permaneceu como sinal de amor e da misericórdia de nosso Deus. Foi Beatificado por Paulo VI em e de Maio de 1976, e Canonizado em 16 de Outubro de 1983 pelo Papa João Paulo II, e denominado como: "O Herói do confessionário".
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