sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Qual a diferença entre Sacerdote, Monge e Frade?

                              


As palavras "Sacerdote", "Frade" e "Monge" são termos ambíguos e flexíveis. Na linguagem popular, são aplicados sem propriedade, como se os três fossem equivalentes. No entanto, não querem dizer a mesma coisa.

Um Sacerdote, na Igreja Católica, é um homem que recebeu o Sacramento da Ordem Sacerdotal e que, em virtude de tal Sacramento, pode Celebrar os Sacramentos e realizar outras atividade próprias do Ministério Pastoral. Pode pertencer a uma ordem ou Família Religiosa ou a uma Diocese.

Um Monge ou Frade, no entanto, é uma pessoa que fez os votos de pobreza, castidade e obediência e pertence a uma Congregação ou Família Religiosa concreta (Franciscanos, Jesuítas, Dominicanos e etc.). Pode coincidir, além disso, de que tal religioso seja um Sacerdote, mas não necessariamente. Sua Vocação não é obrigatoriamente ao Sacerdócio.

Mas qual é a diferença entre um Monge e um Frade? Isso tem a ver com a origem de cada palavra: "monge" vem do latim tardio "monachus", palavra para designar os anacoretas e que já em sua raiz tinha implícito o significado de "solidão". Isso se relaciona ao surgimento das primeiras experiências de vida contemplativa (nos séculos IV - VI d.c.), como, por exemplo: os Padres do Deserto, Eremitas que abandonavam o mundo e viviam no deserto, ou São Bento de Núrsia, Fundador da Ordem religiosa mais antiga do Ocidente, os Beneditinos.

Um monge, portanto, é um termo mais adequado para referir-se a homens consagrados que vivem em conventos, dedicados inteiramente a Oração e a Penitência. É o caso das Ordens Contemplativas, como a dos Cartuxos.

Frade, por outro lado, é um termo mais moderno que procede da Idade média (do provençal "Fraire") e significa "irmão". A palavra "frade" é empregada para ordens dedicadas a vida ativa, como os Franciscanos ou Dominicanos.

O uso desta palavra se relaciona ao surgimento das ordens mendicantes na Baixa Idade Média, que supuseram uma grande mudança na vida religiosa: estes novos religiosos já não se fechavam em conventos afastados das pessoas para se dedicar à Oração, senão que estavam nas cidades, dedicados aos pobres, ao ensino, aos doentes e etc.

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