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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Relato inédito da estigmatização do Padre Pio.


O Padre Pio de Pietrelcina recebeu em 1918 os estigmas de Jesus Crucificado, que em uma aparição o convidou a unir-se à sua Paixão para participar da salvação dos irmãos, em especial dos consagrados.

Este elemento particular foi conhecido graças à recente abertura dos arquivos do antigo Santo Ofício de 1939 (atual Congregação para a Doutrina da Fé), que custodiam as revelações secretas do frade sobre fatos e fenômenos nunca contados a ninguém. Agora saíram à luz no livro «Padre Pio sotto inchiesta. L’autobiografia segreta» (Pe. Pio indagado. A auto-biografia secreta, N. do T) Até hoje parecia, de fato, que o Padre Pio, por pudor ou talvez por considerar-se indigno dos extraordinários carismas recebidos, não teria revelado a ninguém o que aconteceu no dia de sua estigmatização.

Só existe um dado a respeito disso, que se encontra em uma carta enviada a seu diretor espiritual, o Pe. Benedetto de São Marco in Lamis, quando fala da aparição de um «misterioso personagem», mas sem deixar transluzir outros detalhes.O livro, que oferece pela primeira vez o informe na íntegra, redigido por Dom Raffaello Carlo Rossi, bispo de Volterra e Visitador Apostólico enviado pelo Santo Ofício para «inquirir» em secreto o Padre Pio, declara finalmente que o santo de Gargano teve um colóquio com Jesus crucificado. Dom Rossi foi o único representante de uma congregação vaticana encarregado de estudar os estigmas do Padre Pio. Ele se pronunciou favoravelmente, considerando que sua origem era divina, desmentindo ponto por ponto as hipóteses apresentadas pelo Pe. Agostino Gemelli, que definiu os estigmas como «fruto da sugestão».

Uma segunda fonte autobiográfica do Padre Pio, prestada sob juramento, foi acrescentada ao seu epistolário, oferecendo as chaves de leitura adequadas para conhecer a personalidade e a missão de «sacerdote associado à Paixão de Cristo» do frade com os estigmas.Chamado a responder jurando sobre o Evangelho, pouco depois dos fenômenos místicos, o Padre Pio revelou pela primeira vez a identidade daquele que o estigmatizou.Em 15 de junho de 1921, por volta das 17 horas, interrogado pelo bispo, o Padre Pio respondeu assim: «Em 20 de setembro de 1918, depois da celebração da Missa, ao entreter-me para fazer a ação de graças no Coro, em um momento fui assaltado por um grande tremor, depois voltei para a calma e vi NS (Nosso Senhor) com a postura de quem está na cruz».

«Não teria me impressionado se tivesse a Cruz, lamentando-se da falta de correspondência dos homens, especialmente dos consagrados a Ele e, por isso, mais favorecidos.» «Assim – continua seu relato – se manifestava que ele sofria e que desejava associar as almas à sua Paixão. Convidava-me a compenetrar-me com suas dores e a meditá-las: ao mesmo tempo, a ocupar-me da saúde dos irmãos. Imediatamente me senti cheio de compaixão pelas dores do Senhor e lhe perguntava o que podia fazer.» «Ouvi esta voz: ‘Eu te associo á minha Paixão’. E logo depois, desaparecida a visão, voltei a mim, recobrei a razão e vi estes sinais aqui, dos quais pingava sangue. Antes não tinha nada.»

O Padre Pio revela, portanto, que a estigmatização não foi resultado de um pedido seu, mas um convite do Senhor, que, lamentando-se da ingratidão dos homens, particularmente dos consagrados, tornava-o destinatário de uma missão, como cume de um caminho de preparação interior e mística.Por outro lado, explica o autor do livro, «o tema da falta de correspondência dos homens, particularmente daqueles que haviam sido mais favorecidos por Deus, não é novo nas revelações privadas do capuchinho».

De fato, o Padre Pio relatou que em uma aparição, no dia 7 de abril de 1913, Jesus, com «uma grande expressão de desgosto no rosto», olhando para uma multidão de sacerdotes, disse-lhe: «Eu estarei em agonia até o fim do mundo, por causa das almas mais beneficiadas por mim».



Fonte: https://saopio.wordpress.com/2008/10/01/relato-inedito-da-estigmatizacao-do-padre-pio/

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